domingo, 16 de maio de 2010

Não tenho culpa

Não tenho culpa! Juro!
Tentei de tudo: a distância, o anonimato, mudei o foco, investi no trabalho, em outras pessoas...
Cortei o cabelo, mudei de endereço, de emprego, mas não deu muito certo.
Questionei se a fuga era mesmo a melhor opção...
Tentei a reaproximação.
Os astros não colaboraram; nem a previsão do tempo, nem o trânsito, nem os meios de comunicação... Nem as pessoas, nem as opiniões, nem minhas perdidas decisões!
Se o esquecimento não era a escolha certa, imaginei que o reencontro pudesse ser.
Mas depois de tantas tentativas frustradas, percebi que não ia vingar...
Tentei organizar a mente e o espírito, pra ver se assim conseguia sair desse círculo vicioso de aversão e desejo.
Dura algum tempo, mas a avalanche de sentimentos ressurge e, como se fosse a primeira vez, as mãos ficam trêmulas, a voz falha, as pernas não me obedecem e a saudade gigante me esmaga.
Parece a volta ao começo...
Então, me odeio, me culpo e me condeno ao açoite por ser assim.
Sem conserto, sem desfecho, vou seguindo.
Ora torço pro fim, ora rezo pelo recomeço.
Será que mereço?
Não tenho o domínio. È o que mais me incomoda.
Mas eu sei que a culpa não é minha...
Sou vítima de grandiosa armadilha cordial.
È maior que o meu tamanho. Não tenho como deter.
Finjo então que está tudo definido, quando a indefinição é a tradução pro meu momento.
Só pra mim é assim.

2 comentários:

  1. Bru , não é só p vc!!!!!!!!
    eu tb sou assim...bj

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  2. cinderela, é só vc não!!!!
    mas fugir é a única coisa q não resolve....o dificil é fazer o que resolve: encarar de frente!
    deixar ir até o fim doendo o que for, sacudindo o que for, revirando o que for, indefindo que seja, louco que seja.....

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