domingo, 18 de dezembro de 2011

Feliz Natal!


Natal é tempo de acolhimento.
È tempo de contemplação do mistério Divino: Deus em toda sua grandiosidade se faz presente entre os homens através de uma criança, pequena e indefesa.
Rezo sempre para que as pessoas hoje em dia abram as portas de suas casas e de seus corações para a chegada do Senhor. Porque em Belém não havia lugar disponível para que Ele nascesse.
Não havia lugar para o AMOR nascer.
Que neste Natal possamos acolher Jesus menino em nosso lares e em nossas famílias, permitindo que o AMOR possa então nascer em cada coração.
Paz e bem aos homens de boa vontade!
Feliz Natal!

Feliz 2012!


Todo fim de ano é igual: olhamos para trás e fazemos uma revisão dos acontecimentos.
Acredito que seja uma forma de repetir bons momentos- mentalmente e futuramente também- e de se evitar as ciladas nas quais não se teve a esperteza de escapar.
E planejamos o ano que chega como se fosse um outro momento, uma outra época.
Um papel em branco esperando ansiosamente para ser preenchido com escritos lindos, fotos e figuras coloridas, álbum novo de fotografias.
No fundo, sabemos ser a continuidade de tudo que já construímos e edificamos até então,
mas tem-se a expectativa de novidade, o entusiasmo de fazer algo novo.
Vivemos da espera, da expectativa. Curtimos mais os planos que as concretizações.
Mais os sonhos que as realizações. E é isto que acontece agora.
È a gestação de um novo ano, com todas as angústias e premonições que pode se ter diante de um filho que vai nascer.
Esperando perfeição, felicidades e uma sacola com tudo de bom reunido e amarrado com fitas do Senhor do Bomfim. È assim.
Esquecemos as agruras vividas depois do brinde com champanhe, pulamos as ondas como se fossem os problemas que vivemos a desviar, comemos as sete uvas como se fossem pílulas mágicas de boa sorte e começamos o primeiro minuto do ano com o pé direito ( coitado do canhoto!).
Não condeno superstição de ninguém. Que cada um viva feliz com aquilo que acredita lhe fazer bem. Mas penso que para começar bem é preciso zerar as contas - já que a idéia é preencher mesmo as tais páginas em branco...
Zerar dívidas com credores, zerar dívidas do coração, deixar para trás as contas mesquinhas e individualistas que impedem de promover integração e alegria entre as pessoas.
Apagar desaforos, rabiscar desentendimentos, enfeitar o dia com educação e respeito.
Vestir-se de paz (e não de branco apenas) e ser o mensageiro de notícias boas, sempre.
Mesmo quando parecer impossível.
Mesmo acreditando que não há nada de novo, que trata-se apenas de continuidade.
Aprimorar sentimentos, mudar idéias, rever conceitos, aceitar diferenças, conviver pacificamente também é forma de modificação da própria continuidade.
E é isso que faz veler a pena existir.
Feliz 2012!

sábado, 17 de dezembro de 2011

O dia


Prefiro o dia.
Porque esquenta, mesmo sem o sol.
Porque dissipa as sombras, afugenta os medos,
transforma o silêncio em sons,
preenche o espaço vazio que a noite deixa.
Porque provoca reações, ocupa o pensamento,
apresenta soluções, instiga o trabalho.
Prefiro o dia porque estou sempre acompanhada.
Nem sempre a solidão da noite é boa companhia...
Porque o dia traz esperança, dá a sensação de continuidade
e a certeza de que a vida segue, sem interrupções.
Prefiro o dia porque me faço útil,
porque mostra as facetas, impede as máscaras,
inibe os disfarces, mostra os defeitos - tão difíceis de aceitar!
Porque mostra a realidade dos fatos, porque acontece agora,
Porque não esconde nem camufla;
Porque me faz es quecer da escuridão solitária da noite
e me permite fingir que tudo está bem.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

O que guardo comigo


Algumas pessoas guardo comigo, sempre. Às vezes no pensamento, quando me deito; ou logo cedo quando acordo. São elas que me recordam dos valores que aprendi e do muito que ainda tenho a conquistar. Outras pessoas, guardo no bolso. Como se guarda dinheiro ou algo assim de valor, mas que precisa estar á mão, sempre pronto. São elas que me ajudam, socorrem, aconselham... Preciso delas por perto. Algumas pessoas guardo em canções: lembro de vez em quando, mas com muita saudade e sentimento. Algo que adormece, mas não morre. Nunca. Tem gente que guardo como amuleto: pedra de sorte, cartinha de boas-vindas, lembrete de coisa importante. Assim, de forma casual, mas relevante. Não se vê todo dia, mas, se não se tem a certeza de que está por perto, parece que tudo perde o sentido... Estranhezas da vida. Há pessoas que guardo na memória: lembro de momentos, épocas, trajetórias, mas sei que elas permanecem lá, na história e muitas nem seguiram o percurso comigo. Ficaram para trás., com o tempo. Vivas na lembrança. E só. Pessoas que guardo por dentro da roupa, como a gente escondia um doce, uma bala para ninguém perceber. Essas, escondemos até dos nossos pensamentos: são proibidas, mas a gente, inconscientemente guarda a esperança, no meio do pijama, de que alguém num descuido não vá perceber, que o segredo está alí, esperando para ser revelado... Algumas pessoas guardo nos cabelos, como enfeites, porque são tão belas, tão formosas que se tem orgulho de ostentá-las. E não há melhor forma de guardar algo que se quer mostrar do que exibir... Outras pessoas guardo na bolsa, como faço com documentos: imprescindíveis, mas burocráticas. Importantes, mas enfadonhas. A gente deixa lá só para usar quando realmente for necessário... E finalmente, há aquelas que guardo no coração, bem no centro do corpo, habitando alma e pensamento, fazendo o peito apertar só de pensar na possibilidade da perda, que fazem a saudade deixar de ser palavra e se transformar em sentimento. Ficam no pulmão como o ar que respiro e me acompanham do levantar ao adormecer. Porque estão comigo, na pele, nos poros. Mimetizadas no que compreendo da minha existência por este mundinho de meu Deus...

Cartinha


Ao adotar uma cartinha de papai Noel este ano tive uma surpresa triste: pior que não ter brinquedo é não ter educação.
Sei que não devo exigir ortografia e gramática perfeitas de uma criança, mas acredito que aquelas que já passaram da fase de alfabetização deveriam, ao menos, conseguir redigir uma únca frase, que seja, sem destruir o português.
Não, ele não foi bom aluno. Porque se fosse, estaria escrevendo melhor.
E nem precisou fazer conta, já que normalmente os alunos são avessos á matematica...Imagine então?
Não ter grana para comprar um presente desejado, passar necessidade, não ter roupa nova, sapato chique, são percalços da vida aos quais se sobrevive.
Não ter estudo é perder a chance de uma oportunidade, ás vezes, a única.
Talvez, os professores pudessem usar essa informação mal redigida para perceber onde está o descuido. Ou até mesmo aproveitar o ensejo e ensinar o menino com os próprios erros... As cartinhas deveriam ser reescritas.
Juro que tive vontade de dar um dicionário junto do presente ou quem sabe, oferecer aulas extras de português no período das férias.
Só sei é que Papai Noel ficaria transtornado ao ler tanta cartinha ofendendo a Língua de Camões...