sábado, 23 de novembro de 2019

Minha visão de Fé

Acho que a FÉ é uma porta gigante.
Dessas portas imensas como as de um palácio mesmo, que assistimos em filmes.
Por essa porta grande passam muitas RELIGIÕES.
Eu acredito que todas as RELIGIÕES passam pela porta da FÉ.
Se não cruzarem por ela, não podem ser consideradas religião.
Acredito ainda que toda RELIGIÃO zela pelo BEM.
Seja o BEM de si mesmo, da própria família, dos amigos e parentes mais próximos, 
pelo bem da nossa casa, da casa dos outros, pelo bem de quem a gente nem mesmo conhece...enfim, pelo bem da humanidade.
Porque eu penso que quem tem FÉ e QUALQUER religião não deseja o mal...de ninguém.
Por esta porta gigante passam muitas, muitas pessoas de uma só vez.
E enquanto esta porta estiver aberta, todos passam.
Acredito ainda que, mesmo sem ter uma religião oficial, mas tendo a FÉ, a entrada no Palácio continua sendo gratuita.
Dentro do palácio há vários aposentos. Todos podem se acomodar sem medo.
Eu penso no Palácio como o coração de DEUS.
Todos que tem FÉ são convidados a entrar no Palácio e escolher o seu cantinho e se aconchegar.
Como PAI bondoso que acolhe os filhos em casa, DEUS nos recebe em seu coração.
Para ele não importa se a nossa roupa é nova ou velha, se o cabelo é liso ou encaracolado, se tem dinheiro no bolso ou  nenhum tostão, se existe cor para a pele, sem tem esposa, marido ou namorada, se tem pecado pendurado ou não. DEUS ACOLHE os que o procuram.
E como todo PAI, está sempre esperando com a PORTA aberta.
Pois todo PAI deseja ter seus filhos por perto.
Se somos irmãos sem CRISTO, por termos DEUS como PAI, devemos assim nos comportar.
E se outras religiões que não reconhecem DEUS e CRISTO fazem parte da vida de outras pessoas, também devemos respeitar, pois passamos todos pela porta da FÉ e zelamos pelo BEM dos outros, não é mesmo?
Acredito que podemos morar no Palácio todos juntos. Há espaço para todos.
A vista é linda. A decoração mais ainda. O anfitrião é perfeito.
Minha visão de FÉ e AMOR é esta.
Qual é a sua?

Dia desses

Dia desses quis muito escrever um livro.
Uma história fictícia que fosse, que enredasse o leitor, 
que aguçasse a curiosidade e provocasse sentimentos, 
fizesse querer ir até a última página para saber como é o fim e, 
depois de descoberto, ficasse aquela solidão desesperada da orfandade do livro.

Acho que um dia ainda escrevo.
Posso começar devagar, com ideias pequenas e ir crescendo aos poucos.
Posso começar como as crianças, que aprendem um muito num tempo escasso, 
mas sem qualquer pretensão de aprender.
Posso usar as histórias que escuto como inspiração e ir mudando o rumo de acordo com meu prazer.
Posso inventar personagens, pessoas que não existem, inventar nomes e viver vidas que não me pertencem.
Posso criar famílias inteiras e gerenciar conflitos e fazer final feliz sempre que me der vontade.

Dia desses, escrevo um livro.
Vou passar pros amigos mais próximos para que eles comecem a leitura e avaliem a história.
Posso fazer uma versão interativa para quem também quiser participar do livro comigo. Por que não?
Dia desses escrevo um... Vai vendo...ou melhor, lendo.
Vou pesquisar fontes e palavras novas, mergulhar em dicionários e costumes, vai ser lindo poder viver isso!

Dia desses, esse livro fica pronto.
Pode ser livro de crônicas ou de contos.
Livro infantil, ficção ou relatos reais.
E tem mais: vou divulgar meu livro pro mundo!
Quem sabe em outros idiomas?
Quero ilustrações do meu irmão na capa e nas paginas que separam os capítulos. 
Como será bonito!
Dia desses faço meu livro nascer, como um filho.
Começo gestando a ideia.


Novembro

Estamos aqui, mês da véspera do mês do fim.
Novembro escapa entre os dedos e já nem sei mais como todo o resto passou tão rápido.
Eu vivi tudo isso ou adormeci em alguma parte do caminho e acordei só agora?
Numa velocidade indecente levamos o ano ao fim.
Mas como foi isso, gente? 
Ainda ontem era janeiro, março estava tão aqui na lembrança e setembro acabou de acabar!
Como foi que aconteceu? Fiquei tonta! Alguém me conta?
Só me dei conta que os enfeites de Natal já andam espalhados pela lojas e fachadas...
Estou aqui contando os dias para o ano que vem e ainda nem entendi o que foi esse furacão que passou...
Graças? Inúmeras.
Bênçãos? Muitas.
Também teve trabalho, treta, correria, mais trabalho e pequenas e doloridas angustias que servem para crescer.
O tempo trapaceia.
O tempo manda lembranças.
Nem alcanço essa lógica da fugacidade.
Mas estou aqui na contagem.
Achando que vai dar tempo de terminar os contratos, acabar a obra, finalizar os projetos e refazer os planos para...o ano que vem (?) que está logo ali na esquina, tomando a saideira no boteco, se preparando para dar o ar da graça... daqui a pouco.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

A lama

Embora brilhe o sol, segue a lama.
São dias difíceis.
Questiono o que faz alguém trocar a escala do plantão (e ir trabalhar no dia de folga), 
receber um telefonema que muda os planos do dia (e da vida), 
decidir passar férias no mato ( e nunca mais voltar) ou reunir a família numa viagem e no último minuto, inverter a rota ( e sobreviver).
Onde estão nossas escolhas de fato?
Podemos modificar o fim?
São tragédias ou sucessões de falhas?
São acúmulos de erros tolos ou negligências?
Temos nosso destino nas mãos ou apenas esperamos nossa vez na fila da vida (ou seria da morte?), sem saber em qual colocação estamos?
Nem imagino as respostas.
Penso apenas que o que deve ser falado não pode esperar.
E que os abraços precisam ser dados.
Que os afetos precisam ser espalhados e acolhidos, nunca rejeitados.
E que o tempo que nos sobra é o hoje e o agora e nada além disso faz sentido.
A lama também é doença, acidentes, assaltos, brigas, é morte e dor, como numa avalanche.
Ficam soterrados apenas os remorsos, as palavras não ditas, o perdão não concedido, o amor não divulgado, a mensagem não enviada, os amores não vividos e as lembranças estraçalhadas.
Amemos pois. Amenos mais. 
Mesmo nas diferenças e apesar de discordâncias.
Não sabemos quanto tempo nos sobra.
Aproveitemos a luz que nos resta.