domingo, 26 de novembro de 2017

Alegriazinha

É uma alegria genuína.
Nem sei como explicar.
Dessas assim, leves, 
sem forma definida,
que brincam ao vento...
Alegria frágil, mas persistente.
Dessas de sol depois de chuva,
ou de chuva fresca depois de um dia de forte calor.
Nem cabe explicação.
É alegria miúda, simples,
de cama com forro cheiroso,
de descanso merecido após dia de trabalho duro,
de massagem no pé, 
de cheiro no cangote,
dessas de abraço apertado de saudade.
Alegria menina, 
de passeio de bicicleta, 
de beijo roubado,
de pipoca e cinema, 
de boa companhia,
de  diminutivo carinhoso.
É Alegriazinha.

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quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Terezinha de Jesus

Terezinha de Jesus, de uma queda, foi ao chão.
Nem deu tempo de algum cavaleiro acudir, dar a mão.
O coração de Tereza pausou.
Uma perda inesperada, uma queda não programada,
Que num susto foi levada, sem tempo de despedir.
Terezinha tão alegre, tão cheia de festas em si
Não suportaria ver a vida passar por ela sem sorrir.
Por isso creio que ela foi chamada ás pressas.
Para não ter tempo de fugir.
Ela, alegre e destemida,  jamais deixaria esta vida,
se recusaria a partir.
Então, que de repente, ninguém sabe o por quê,
a vida segue simplesmente, como há de sempre ser.
Pois Terezinha era dessas, que lutava sem reclamar.
Rindo e se divertindo, mesmo quando parecia não dar.
Acho que o céu fez festa pra ela, assim que chegou por lá.
Aqui ficamos mais tristes pela ausência que há.
Terezinha, virou estrela, brilha distante agora.
E nós, ainda perplexos, nos perguntamos: por que foi embora?
Abraços e beijos, Tia! Que seja festa no céu.
Saudades dos que aqui ficam, saudades de todos os seus.