Eu não tenho medo da exposição
Tampouco do comentário alheio
Estampo minha face por onde passo
Deixo rastro, barulho e cheiro
Não me importo se causa efeito
Críticas e desafetos também edificam
Falo daquilo que cabe no peito
Sem mentira ou esquiva me permito
Comento o que penso
Lamento o que ouço
Faço fé que o futuro me abrace
mais de leve que este alvoroço
Assino meu nome
admito meu erro
Não nego a ignorância
Nem finjo paciência
Profundamente humana
Humanamente finita
Nem feia, nem bonita
Apenas alma que ama
Apenas alma que canta
Pedindo um pouco de paz
Quero repouso no colo
Só isso. Nada mais.
Não sei se o recado é compreendido
Nem me importa se serei descoberta
A minha vida é aberta
Espalho o que quero esconder
Um palpite? Ainda acerto
Está mais perto que antes
desfigura em meu semblante
o sorriso da incerteza
E assim vou me desenhando
Com a ousadia de quem não percebe
que a pintura se torna pública
bem diante de quem a conhece
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