terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Ilusionismo

Ilusão...a  gente acha que sabe, mas não.
Nem ideia do que o outro deseja.
E por melhor que seja a intenção,
nunca conseguiremos alcançar,
seja por instinto ou intuição,
por lógica ou razão,
o que transpassa a alma alheia.
Mereça o que houver de melhor, na sua opinião.
Mas pode não ser o melhor então, na escolha de outro alguém...
E quem poderia supor?
Se as próprias escolhas são armadilhas,
filhas de um desejo secreto que tampouco conhecemos,
como querer saber o desejo de mais alguém?
Portanto, escute, ouça, mas não julgue.
Há quem chore por pouco, há quem ria por nada,
Há quem cale ou fale em demasia, 
mas jamais saberemos o que passa
em cada casa, em cada pia.
No varal da nossa história estão estendidas
partes importantes da memória.
E outras tantas não tão incríveis assim.
Pode não parecer importante aos olhos do mundo, 
mas são tesouros de cada um.
Então, se a gente não sabe o que é melhor pra si nem pro outro,
melhor não buscar conflito, 
não gerar discórdia.
Haverá um momento de discernimento e de escolha.
Cada um saberá - ou não -de si.

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quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Mulher de padre

E quantas vezes repeti: "quem chegar por último é mulher do padre..." ?
Inúmeras, e nunca soube do que se tratava.
Mas a ideia era mesmo de perder, fracassar e estava relacionada a algo ruim e pejorativo.
Mas qual seria o significado real do termo?
Bom, a crendice popular e o folclore contam que a mulher que seduziu o padre (um ser santo e celibatário), foi amaldiçoada pelo pecado cometido. Por isso em noite de lua cheia, (de quinta pra sexta-feira) ela se transformava numa mula sem cabeça que soltava chamas de fogo pelas narinas e arrastava correntes amarradas nas patas, urrando e assustando todo mundo. (Embora sem cabeça também significasse sem narinas...)
Numa outra interpretação, a mulher do padre, na idade Média, era também conhecida como Barregã do Clérigo. Termo usado para designar mulheres acusadas de comcubinato com os religiosos e por, isso eram condenadas ao degredo.
Ás vezes, a vida conjugal era explícita, noutras, era uma relação ás escondidas. Sofriam retaliação da sociedade e da Igreja.  Eram chamadas de prostitutas e tratadas como tal. E tinham apenas uma chance do perdão: uma carta escrita e destinada ao Rei, que poderia então, permitir que voltassem ao convívio com outras pessoas, se fosse o perdão de fato concedido.
Nestas cartas, elas se redimiam de suas culpas e se colocavam em condições de miséria e piedade, para sensibilizar o leitor das missivas. Assim seria mais fácil garantir o perdão.
Outra conotação possível: aquela que não se casa, fica solteirona e vira freira.
Daí o termo mulher de padre, com significado de designação feminina da ocupação de uma função religiosa masculina. Ou até mesmo aquelas mulheres que serviam de governantas de casas paroquiais...
E aí?  Que mal tem? Que a gente sai repetindo um tanto de coisas aprendidas por ouvir falar, sem nunca imaginar o real significado.
Numa leitura rápida,  é a mulher sendo colocada como fonte de pecado e de corrupção da santidade, merecendo ser degredada, humilhada e julgada. E até na concepção folclórica, a punição da mulher que cometeu um erro era ser assombração. Para sempre. ( Ou até que um padre a amaldiçoasse por 7 vezes antes da missa!). Ou então, uma pobre coitada que ficou encalhada, não se casou e por isso, ocupa posição de perdedora.
Então a gente pensa um pouquinho (só um pouquinho) e conclui:
Difícil se livrar da praga de ser mulher. Desde Eva.
A culpa parece que sempre será nossa. Mesmo não sendo mulher de padre.
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domingo, 1 de janeiro de 2017

Texto nº 1

Que as pessoas entendam que há diferença entre uns e outros e ninguém se torna melhor ou pior por isso...
Que religião, cor de pele e opção sexual de cada um não seja motivo de preconceito ou discriminação.
Que as crianças não sofram com as guerras.
Que as famílias sejam poupadas do ódio.
Que haja perdão: nos lares, nas relações...
Que amanhã seja um dia sempre melhor que hoje, e o hoje,  por sua vez, melhor que ontem.
Que educação caiba em qualquer lugar: do bom dia no elevador, à gentileza de ceder o lugar ou carregar uma sacola, abrir uma porta...enfim, nas pequenas situações.
Que se colocar no lugar do outro seja hábito.
Que não falte pão nas mesas, nem carinho entre as famílias.
Que o direito de se divertir não atrapalhe a diversão do outro.
Que as pequenas corrupções sejam banidas do cotidiano.
Que tenhamos mais paciência e cordialidade com o próximo.
Que haja economia de água e recursos naturais.
Que exista mais boa vontade e menos preguiça.
Que haja mais verdade e lealdade.
Que todos tenham o mesmo direito à saúde e à educação.
Que o amor vença toda e qualquer luta.
Que não nos deixemos sucumbir ao cansaço e lutemos, sempre.
Que nenhum homem domine o outro.
Que haja mais férias, mais fé e mais alegrias.
Que se perceba que o tempo é curto e não vale cultivar ódio ou rancor.
Que haja justiça na terra e paz entre as nações.
Que a economia não mate vidas.
Que compaixão e solidariedade estejam sempre presentes.
Que a corrupção não nos mate.

São meus desejos pro ano que começa.


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