domingo, 27 de novembro de 2016

Boomerang

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A sabedoria popular diz: "o que vai, volta".
Mais ainda: "O mundo dá voltas."
Outra? "Dor de barriga não dá uma vez só!"
Quer mais? "Aqui se faz, aqui se paga!"
Tem ainda: " Pagar a língua."
Também conhecida como Lei do retorno, karma...
Recebemos de volta o que damos, doamos, entregamos, criamos.
É um a conta simples, matemática básica: Se passamos adiante coisas boas, receberemos de volta coisas boas também.
Se somos pessoas boas, seremos cercados de boas pessoas.
O bem que fazemos aqui se transforma em nosso advogado adiante. Certeza!
Logo, o contrário é verdadeiro: se a conduta não é assim tão boa, o retorno será ruim.
Se a gente julga e condena, podemos também ser julgados e condenados com o mesmo rigor ou mais.
Então, vale a reflexão: Não vale a pena bradar que nunca faria, que nunca concordaria, nunca seria... pois amanhã tudo pode ser diferente. Pois o mundo dá voltas, lembra?
Que vale sim, fazer o bem, tratar com educação e cordialidade, para receber de volta algum dia, quando ou se precisar.
Mas o mais importante, não é nem fazer pra receber. É fazer o bem circular!
A bondade é boomerang.

Quem nunca?

Sim, já usei de artifícios para não ter que cumprimentar alguém que não queria.
Por falta de vontade, falta de simpatia ou por timidez mesmo.
Fingi atender o celular, procurar infinitamente algo na bolsa que nem queria encontrar,
amarrar o cadarço, consertar o cabelo, limpar os óculos enfim... qualquer coisa servia de mote.
Parece deselegante, eu sei. Mas achei mais desonesto comigo forçar uma amizade que não existia ou inventar um assunto sem necessidade. Pronto, falei.
Sim, fiz mais: escondi chocolate pra não ter que dividir e biscoito recheado pra comer sozinha depois.
Já comi leite em pó escondido e leite condensado também. Até hoje faço, mas deixou de ser na surdina.
Já disse que ligava depois e não retornei.
Falei que marcava um encontro pra por a conversa em dia e esqueci.
Sim, já saí de vários grupos de whatsapp por não suportar as 80 mensagens que me esperavam a cada momento sem abrir o aplicativo. (Grupo da turma, não dei conta...sorry!)
Confesso: dificilmente abro os vídeos pra ver.
Morro de preguiça de mensagens gigantes e detesto correntes.
E não, não encaminho e nem mando de volta. Desculpa aí.
Sim, já li mensagens e postagens e discordei mentalmente. Não vou ficar dizendo que não curti o post alheio que não foi mandado pra mim. Ninguém vai agradar geral, né?
Já curti coisas que não amei tanto assim  para não enfraquecer vínculos.
Pensei que curtia a pessoa e não o conteúdo. E como era verdade, não contei como falsidade, nem como pecado. Absolvi-me.
Sim, já marquei de sair e desisti por preguiça.
Já troquei de roupa mil vezes pra sair de casa e fui com a mais improvável ou voltei pra primeira escolha. Ou seja: zero critério.
Já perdi a paciência com situações inusitadas e não perdi a elegância em outras improváveis... Vai entender?
Sim, volto pra devolver troco errado ou o dinheiro que ficou faltando por falta de troco. (Tio da pipoca, vou levar seu 1 R$!).
Fico desobrigada de ligar de volta se não fui atendida uma vez. Sem culpa.
Sim, só conto que tem batom no dente, casca de feijão, amendoim ou pedaço de salada se tiver intimidade com a pessoa.
Mas ziper aberto e roupa suja ou rasgada no traseiro merece aviso sim! Pra qualquer um.
Sim, já esqueci segredo. E o que não era segredo também.
Já fui enganada por mendigo e caí na conversa de pedinte... Fazer o quê?
Já fingi que sabia sobre um assunto desconhecido e dei conselhos sem qualquer experiência a respeito.
Sim, finjo mal, minto mal e a ironia se entranhou na minha vida. Só sabe quem conhece. (Hehehe)
Já dei nome falso na balada e telefone falso também.
Sim, roubei docinho da mesa antes de começar o casamento (ia passar mal de fome, gente!) e quando apagava a luz pro parabéns também!
Já escondi dinheiro de mim mesma pra não gastar. (hahaha!)
Já saí de pijama pra buscar meu irmão no aeroporto e no pátio de pousada pra fugir de rato.
Quem nunca? Atire a primeira pedra se puder.
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terça-feira, 1 de novembro de 2016

De ontem

Ignorei o dia de ontem.
Do acordar atrasado até o deitar muito tarde.
Da senhora que atravessou fora da faixa e quase provocou um acidente
até o moço que parou no meio da pista pra pedir informação, sem se importar com as pessoas que queriam passagem.
Ignorei tudo.
Da avó, mãe de 12 filhos que criou todo mundo dando água do banho da banheira pra beber
até o acompanhante que me xingou por achar que eu estava atrasada.
Ignorei a falta de voz e a falta de ar.
Do almoço engolido ás pressas até as empadinhas que sanaram a falta de massa na vida.
Da tosse ladrante até a falta de paciência pra repetir o que ninguém conseguiu escutar.
Ignorei as faltas, os atrasos, a correria e adormeci cansada.
Então, acordei de novo fora da hora, seguindo atrás do caminhão de lixo, esperando o trânsito melhorar e os minutos passarem rápidos.
E descobri, que por continuidade, o ontem não foi ignorado.
Continua na memória, tatuado.

sábado, 29 de outubro de 2016

Quase lá.



Quase 35.
O que muda? Muito pouco e  praticamente tudo.
Muda o manequim e tem um peso a mais no corpo e nas costas: responsabilidades grandes que nunca nos contaram na vida...
O metabolismo não é o mesmo: as calorias tem o poder de multiplicação logo ao encontrar a saliva... Certeza!
O sono também não sai incólume: difícil repor o perdido e impossível ser normal no dia seguinte depois de uma noite inteira acordada.
Os cabelos brancos vão surgindo: duros e ásperos, nos lugares mais explícitos.
A paciência fica mais presente, dá-se menos importância a alguns assuntos que antes nos causaria ira mortal.
Ao contrário, também existe uma intolerância a assuntos irrelevantes, pessoas desagradáveis, chatices burocráticas, que simplesmente fazem dar de costas. Sem culpa ou ressentimento.
Finalmente entende-se a diferença entre ser gentil por educação, de convidar por protocolo, por mesuras e melindres que até então, nem sempre se percebia... Fato.
Cada tempo ocupado com família e amigos tem mais valor. Muito mais valor!
E percebe-se que ele (o tempo) é mesmo implacável e passa muito mais rápido para quem já está lá, mais adiante... Dá angústia.
Ficar em casa é sempre um presente! Cada hora de descanso é restaurador!
Entende-se, calmamente,  que se consegue sim aprender coisas novas, encarar desafios que não achava que pudesse. Agora, com um pouco menos de medo e mais autocontrole. (Um pouco.)
Nadar, cantar, dançar, bordar, escrever podem sim fazer parte dos prazeres daqueles que nunca puderam experimentar a leveza que cada ação dessas proporciona. Vale a tentativa!
Descobre-se menos fragilidades, mais praticidades, mais seletividade, menos critérios.
O choro é fugaz e o riso é mais intenso.
Percebe-se que casamento não é fonte de felicidade, nem filhos são a segurança de realização.
Que há gente muito infeliz, mesmo tendo tudo isso, e sendo tristemente empurrado todos os dias ao enfrentamento dessas lutas.
Existe sim vocação, afeto, hábitos. Nem todo mundo está pronto para exercer qualquer função na vida se não estiver apto. E aptidão não é congênita: precisa ser lapidada, até mesmo restaurada.
Mais dos 35? Nem sempre é bom conhecer gente nova, há sim uma enorme preguiça de contar coisas da própria história e, sim, é repetitivo se ouvir contar de novo, tantas coisas que ninguém mais queria lembrar. ´Há um redirecionamento vital das energias...
As cobranças são constantes e frequentemente, muitos descabidas: casar, separar, comprar casa, carro, são partes de um contexto, vivido por cada um, desde que faça parte de cada desejo. As pessoas não tem os mesmo desejos na vida...
Há tantos lugares ainda pra se visitar, pra conhecer... e tantos prazos de trabalho consumindo a vida... Uma equação difícil de resolver.
Não sair de casa num fim de semana também é alívio, ir ao cinema sozinho é um luxo, não saber ao certo o próximo roteiro é transformador. Pode ser o roteiro do dia, da semana, das férias seguintes... tanto faz.
Existe espinhas na maturidade: no rosto, no dorso. Há espinhos na maturidade: um espaço de tempo relativamente curto pra decidir  o que a sociedade obriga a aceitar... ou não. Aceitar as consequências das certezas e das incertezas é cruel.
Os amigos ficam mais distantes, os casados e com filhos se restringem ás programações próprias e sobram sim, poucas opções de vida saudável e inteligente para os solteiros.
Pessoas avulsas sofrem com os 35: excessos cansam e o básico é monótono. Favor alguém criar novas possibilidades!
Pessoas rasas não são atrativas, profundas demais, afogam; relacionamento aberto é assustador e o muito próximo, quase sufocante. Achar o meio termo entre pessoas que já saturaram na procura não é fácil...
O lado bom: ainda caber em roupas que há mais de dez anos fazem parte da sua história, não parecer ter a idade que se tem e não se importar em aceitar a idade que se tem. Essa é a parte mais bacana: aceitação.
Os 35 trazem renovação, tranquilidade e respeito. Por tudo que vem sendo construídos em todos esses anos.
É pura mentira que a vida esteja pronta depois dos 30. Nada fica pronto totalmente. O projeto é  de construção contínua... ou de reconstrução. Vai saber?
Podem ser os novos 35 dias, outras 35 semanas... depende de onde se que chegar, como deve ser a ida e de que modo se deseja a chegada.
Talvez um corte de cabelo novo faça a recepção da nova fase. Mas se não der tempo, nem vou sofrer: vou receber com a mesma cara lavada de sempre e de pijamas, com cabelos desgrenhados, como deve ser a cara do conforto. 
Sigo fazendo a contagem. Quase lá.



quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Não é Não.

Desde que o mundo é mundo, um Não é um Não.
É uma das primeiras palavras que a gente aprende... Deve ser de tanto ouvir.
Antes de aprender o Sim, aprendemos o Não: Não pode! Não pega! Não morde!
E a gente aprende Sim, o que é proibido, negado, bloqueado.
Se o Sim é dúvida, já temos o Não de antemão. Nem sempre então ele é frustração... nesse caso, ele já é certeza.
Nem sempre é tristeza: Não ir pode ser livramento, Não conseguir pode ser resiliência, Não ter pode ser aprendizado...
Mas é certo: Não é Não.
Um Talvez pode ser uma possibilidade de Sim, ou uma chance de Não... Mas o Não... ah, ele é sempre Não.
Se ensinam o Não com a voz, mas um sorriso de canto de boca diz que Sim, pode ser que o Não seja perdido, o ensinamento esquecido e a memória furtada.
Quem diz Não precisa ter semblante sério, negativo.
Sorrir com um Não é desapego de sentido.
Mas Não é sempre Não.
Quem responde com uma negativa, nem cogita a possibilidade de um Sim.
Quem tem dúvida do Sim, recusa precocemente um Não: pode ser uma chance perdida.
Não é Não!
Não faz o tipo? Não curtiu a pessoa? Não gosta do sabor? Não bebe? Não fuma? Um Não é um Não!
Sem insistência, sem cansaço, sem embaraço: é Não.
Quer adquirir o cartão da loja? Não. Quer o cartão X do Banco Y? Não. Quer "estar comprando" o produto tal? Não.
Sem repetir a pergunta, sem negar a recusa, sem querer obrigar o outro a um Sim.
Respeitar a resposta, respeitar a pessoa, o desejo do outro: Sim!
Pode haver uma justificativa, uma explicação, uma motivação de renúncia para cada Não.
E de fato há.
Mas se agente escuta Não desde que nasce por que se importar tanto com ele?
Incita a revolta. Só pode.

domingo, 25 de setembro de 2016

"Como foram minhas férias"

Aqui estou eu, no computador, escrevendo e vendo TV, sem qualquer preocupação com a segunda-feira, que é amanhã.
Será meu último dia de férias. Última segunda-feira de folga, antes de voltar a rotina.
Recordo então, como foi esquisita a sensação da primeira segunda-feira livre: parecia que havia esquecido algum compromisso importante, que estava faltando a alguma reunião, aula, consulta, enfim... Demorei a perceber que estava num ritmo tão automático, que a aceleração não tinha sido percebida no cotidiano.
Vi-me ansiosa, insone, pensamentos amontoados, imaginando milhares de possibilidades de acontecimentos que poderiam surgir na minha curta ausência e que me deixaria preocupada, com muitas listas de afazeres que deveriam ser totalizados até o fim da folga. Custei a entender que estava tudo errado, tudo mesmo!
Que férias não tem horário, que nem calendário deveria ter! Ansiedade não faz parte de mim e que jamais deveria estar presente no meu recesso... Justamente nele!
Num insight, recobrei os sentidos e no voo madrugada a dentro, coloquei as ideias em ordem: sem pressa de chegar, sem reclamações, sem queixas, sem preocupações...
Ainda no aeroporto, na conexão, a noticia triste da morte trágica do ator por afogamento e a comoção geral...
Putz! Acende a lamparina na cabeça da pessoa: realmente está tudo errado! Não posso ficar esperando as férias para desacelerar, pois ela pode nem chegar!
Posso não estar mais presente neste plano físico de um minuto para outro e esse ritmo acelerado de compromissos emendados, sem momento de pausa, diversão ou relaxamento vai me levar a um afogamento em vida!
Lembrei que não sou obrigada a fazer muitas das coisas que não curto em detrimento de outras que adoraria fazer... mais um erro!
Que preciso de mini férias mais vezes, mais tardes a toa, mais sonecas sem motivo, mais música na vida e menos desculpas pra inventar Não.
Existe um mundo de destinos que preciso conhecer e não posso me afogar de trabalho, pois posso não chegar a ir por isso...
Tem um tanto de receitas que gostaria de testar, de pratos que gostaria de experimentar e que não vou conseguir descobrir o sabor, se não me der um tempo livre. É difícil avançar contra si mesmo. Mas é necessário. Se é.
Tenho tentado me libertar de muitos medos que me aprisionam e me fazem covarde. Ainda vou fazer sozinha programas que deixo de fazer por falta de companhia, vou viajar só comigo, ter menos medo de (a)mar, de bicho, até de gente...
Fiquei aborrecida com um tanto de lixo espalhado em tantas praias lindas que passei... Depois, com a notícia do racionamento de água, assim que voltei pra casa, confirmei a ideia de que somos monstros mesmos, destruidores de todos os recursos, e que convém ainda, neste momento, ter sim medo de gente.
Passei a rezar pela chuva - que escuto agora o barulhinho bom pela janela- a rezar por misericórdia da gente, por um pouco mais de paciência e de bom senso entre os povos. ( Ratifico: Está tudo errado!)
Resolvi que neste retorno quero dançar mais, cantar mais, me alimentar melhor e voltar a atividade física regular. Quero que o dia de hoje seja bom, porque o de amanhã eu nem sei se vai haver.
Não quero ser hedonista, me divertir sem consequência, sem pensar no futuro. Mas quero pensar, que, se não houvesse futuro, por agora, estaria tudo bem e feliz.
Nesta minha redação de férias tem ilustração de pôr do sol no Rio Grande, praias lindas, figuras engraçadas, artesanato, sol, calor, livro, TV fora de hora, mãe, pai, irmãos e sobrinhos, camarão, caipirinha, roupa nova, torresmo no boteco, sorvete na casquinha, caminhada no parque e termina com chuva. Quer bênção maior?
Só gratidão, gente. Nada mais.



quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Nota da quinta

Fiquei pensando no disparate da vida hoje enquanto ia até a padaria e ouvia um senhor, já idoso, tocando um tipo de flauta, sentado na calçada, aguardando esmolas dos passantes... 
Enquanto ele esperava qualquer coisa de alguém, eu estava escolhendo o que levar pra casa...
E se for refletir de verdade, dá dor no coração.
Enquanto se escolhe a roupa, a cor, o modelo, tem gente precisando de qualquer coisa que cubra o corpo, não importando tamanho, novidade ou valor.
Enquanto a gente faz dieta de glúten e lactose, tem  quem não tenha um alimento apenas para matar a fome.
Enquanto falta comida na casa de uns, sobra luxo em outras. Com desperdício até.
Enquanto uns fogem pra sobreviver, outros vivem a fugir das oportunidades que a vida oferta. 
Enquanto uns perdem a vida por muito pouco, outros não se importam com o significado que ela possui.
Tem um senhor que revira os lixos aqui da rua todos os dias. 
Recolhe as lata e os recicláveis para levar, mas acho que aproveita outros itens que encontra junto. Manca de uma perna e tem os movimentos limitados em metade do corpo. Fico compadecida com o que vejo, mas não consigo sair da minha zona de conforto. 
O que oferecer a ele? Como abordar? Aceitaria alguma ajuda?
Segue ele em sua marcha ceifante e eu, com os pensamentos embolados, o peito ceifado, tentando entender o motivo de tudo ser assim, incompreensível.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Faça o teste


 

Quebrei mais um copo hoje.
Sem querer, num movimento brusco na pia, fiz do vidro vários pedaços.
No ranking olímpico na modalidade quebra de copos estou campeã aqui em casa.
Liderança avançada. Tô craque.
Acho que, para cada copo quebrado, um pouco da energia negativa depositada no indivíduo vai embora.
Funciona assim: transmissão de cargas pesadas da pessoa para o objeto que, não aguenta a pressão e se estilhaça. Pronto: menos energia ruim na gente. Pódio e medalha de ouro.
Num mundo cheio de cobranças, comparações, prazos e chateações sem fim, como não se contaminar? Então, mesmo sem querer, a gente fica meio "carregado"... Fato.
Sensação de cansaço extremo, sonolência desmedida, desânimo assustador... é, você já se contagiou.
Sugestão do dia: quebrar a vidraria da casa e espantar a uruca. Bora lá?
Mas como não dá para arcar com esse prejuízo alegremente, melhor seria pensar em outras opções.
Aqui, elenco algumas modalidades esportivas para se livrar do estresse:
1- Fingimento de demência: isto mesmo! Fazer de conta que o comentário ouvido não é pra você, não revidar provocações. Traz paz de espírito. Comprove!
2- Cuidado sincronizado da própria vida: esquecer a vida do outro, não se importar com a opinião alheia, não comentar e nem fazer fofocas...Faz um bem danado e afasta as negatividades. Vale a pena.
3- Levantamento de boas ideias: adotar uma ideia boa de alguém que ajude a solucionar problemas. Parabenizando é claro, o autor da proeza e dando os devidos créditos a ele. É libertador resolver pendências! Não importa de onde tenha vindo a resolutividade.
4- Corrida do Sono: sim! Corra atrás dele! Revigora, melhora a memória e principalmente o humor. È remédio.
5- Revezamento de amigos: pessoas e ambientes diferentes mudam nossa forma de enxergar o mundo. Vale a experiência.
6- Salto em distância de gente vampira: se for possível, mantenha distância das pessoas que sugam nossa vitalidade... Favores infinitos, perturbação sem fim... Corra longe.
Meditação, orações, banho relaxante também ajudam a curar a inhanha, embora não configurem atividades práticas citadas acima.
Dá pra continuar quebrando copos e pratos, se nenhuma outra opção agradar. E sim, dá uma leveza na alma... só experimentando pra saber a sensação de vitória.
Uns gritos de extravasamento também são libertadores. Solte o gogó sem culpa. Cante, mesmo que desafinado, esqueça o vizinho e ponha pra fora o Pavarotti que se esconde em você. Ou dance, com o som bem alto, assim, sem passos prontos, tudo de improviso. (Ah, como é bom!)
Massagem nas costas, pescoço, e pra quem gosta, nos pés entra na premiação dos mais - mais.
Se não quiser também, fica tudo certo. Ser feliz não é obrigação. A dica aqui é pra ficar em paz ( o que pra mim já é estágio de felicidade).
Há várias maneiras de abandonar o banzo. Faça o teste.



sexta-feira, 29 de julho de 2016

O fim do mundo

E hoje, então, seria o fim do mundo.
E foi. Pra muita gente...
Pra quem perdeu a vontade de ajudar,
Pela decepção que arruinou a confiança no ser humano,
Por aquele que viu uma oportunidade fugir.
Pela vontade de desistir de tudo,
Pelos planos desfeitos de tantos, 
Pelas mentiras descobertas, 
Pelas pessoas queridas que muitos viram partir,
Pelo fim de um amor,
Por uma aprovação que não veio,
Por uma notícia muito esperada que não chegou,
Pelo chão que se abriu,
Pelo prédio que caiu,
Pelos sonhos que ruíram,
Pelo dinheiro que faltou,
Pela doença que apareceu,
Pela dor que sufocou.
Sim, hoje foi o fim do mundo para muita gente...
E tantos outros dias de fim de mundo vão continuar surgindo.
Vale então profetizar o recomeço.
Quando tudo volta a ser de novo motivo pra comemorar?
Sugestão: começar do zero.
Que o novo mundo ressurja: cheio de confianças e certezas, 
sem ódio e nem rancor. 
Menos ressentimento, um pouquinho mais de amor e só: receita pronta.
Um mundo novo de pessoas sem cores, sem credos, sem diferenças que apartem.
Uma novidade que há tempos não nos visita mais: esperança,
Um sentimento bom que une e revigora, de honestidade e respeito.
Sem  levar vantagem, sem "jeitinho", nem  desfaçatez.
Começar com simplicidade e boa vontade, um pouquinho todo dia.
Refletindo atitudes e pensamentos, com consciência tranquila de trabalho bem feito.
Criemos, pois,  hoje um novo mundo para todos.
Sugestão: comecemos do zero.




A volta



 

Voltei.
Todo mundo volta um dia ao lugar de onde partiu.
Senti saudades da escrita.
Estranhei que as ideias surgiam e não tinha onde reconhecê-las.
Mas o afastamento é necessário.
Para que se possa sentir que é chegada a hora do retorno.
É terapia, é reflexão, é desencanto desenhado.
Palavras que me fazem pensar melhor.
Parágrafos que me traduzem.
Voltei.
Embora sem prática e sem assunto.
De novo onde me acho.
Aqui me encontro, me desfaço.
Que novas emoções possam ser definidas.
Que novos traços se mostrem por aqui.
Meio tarde, muito cedo. Não sei.
Estou de volta. Feliz.