sábado, 17 de abril de 2010

Palpitações

Acordo assustada com o chamado.
Imagino que queira conversar.
Não consigo compreender o que tenta me dizer, mas escuto silenciosamente.
Conto, analiso e o sono vai me chamando novamente.
Já não o ouço mais.
O barulho vai sumindo lentamente.
Outra vez, me convida durante o dia.
Páro o que faço e percebo: é ele mesmo, buscando atenção.
Às vezes me preocupo. N'outras, acho graça.
Se é o preço que pago para me sentir feliz, estou custeando o fato.
Por enquanto, sem questionamentos.
Pode ser imaginação minha também.
Afinal, os números não apontam irregularidades. Por isso, me acalmo.
Estou viva! È o que importa.
Ele chama por alguns nomes, quando no silêncio estamos a conversar.
Já disse para ter paciência: o tempo resolve as questões.
Geralmente, com melhorias importantes.
Estamos aguardando.
Cautelosamente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário