Deve ser vício.
Se me aproximo fico em êxtase, entro em alfa.
O dia muda a cor. È uma alegria inexplicável que me invade e me preenche de euforia.
È verdade: fico eufórica, radiante, luminosa.
Mas a abstinência me escraviza... Escapo de mim mesma.
Talvez seja doença: crônica, incurável e de difícil controle.
Por mais que se tente dominá-la, ás vezes foge do curso.
E perde o caminho da saúde de vez.
Pode ser um pesadelo também.
Desses que a gente tenta inutilmente acordar, mas não consegue.
Não se descobre se está dormindo ou acordado.
Se o sonho foi verdade ou foi imginado.
Sonhos vívidos, quase assombros.
Deve ser feitiçaria.
Por mais que eu tente me afastar do perigo, não consigo me manter distante.
Estou sendo levada pra perto do abismo de novo e outra vez me praparo para o mergulho no escuro.
Devo ser doida.
Ninguém em sã consciência se aproxima do seu predador se não tem defesas contra ele.
Ninguém guarda a faca ao lado do peito se o impulso de morte existe.
Ninguém dá a chave da cadeia pro prisioneiro, nem deixa o segredo do cofre ser descoberto.
Tento, em vão, explicações pro que a razão desconhece.
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