Impressiona-me como a mudança acontece rápido.
O tempo voa ligeiro e quando se vê já passou a mês inteiro, não é mais fevereiro, o ano está no meio e estamos nos preparando para as festas outra vez.
Há quase um mês estava morta: cansada, aprisionada e cativa.
Percebo nitidamente a diferença: ando viva, quase vôo, tenho de novo brilho nos olhos, já não me lamento mais.
Por quanto tempo dura a mudança?
Não sei. Ela é tão ligeira que não ouso determinar permanência.
A essência da gente é a mesma. Essa não muda jamais.
Somos fruto do meio e eu, filha do meio, mais que todos reconheço a opressão.
Falta ainda um pequeno detalhe para que o vôo seja mais alto, mais pleno.
Não preciso de pressa. Pelo menos neste instante.
Porque a calma me faz pensar melhor e definir o passo seguinte.
Sim, a felicidade existe. Está mais perto do que se imagina.
Às vezes, precisamos de um colírio pra curar a visão turva e permitir-nos enxergar depois da curva, além da chuva.
Feliz por nada. Essa é a verdade. Mas feliz por tudo. Isso é o que importa.
Mais importante é saber que ainda cabe mais um tanto de felicidade em mim.
E não preciso fazer qualquer esforço.
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