A vida é feita de gostos.
Há quem goste de conversa, de festas, de badalação.
Outros, preferem o inverso: calma, cautela e tranquilidade.
Há quem não suporte a vaidade.
E quem goste mesmo de um espelho.
Uns do amarelo, outros do azul.
Alguns de gente mansa, outros de gente brava.
Gente gorda, gente magra,
Gente preta, gente alva,
e nem por isso, há certo ou errado.
Há gostos diversos e só.
E que alegria a nossa por assim ser!
A vida é feita também de gestos.
Há quem tenha gestos nobres.
Outros gestos pobres,
vazios de educação ou respeito.
Há quem tenha gestos vagos,
sem motivação, sem destino.
Gestos grandiosos, pequeninos,
gestos de gratidão, de alegria.
Há quem tenha gestos absurdos,
gestos profundos,
gestos de medo,
gestos de dedo,
gestos de segredo.
Os gestos moldam os mundos.
A vida é feita de gastos.
Os que podem muito,
os que podem poucos.
Gastos de paciência,
de elegância,
gastos de gula
ou preguiça.
Gastos de necessidade,
de perversidade,
de honestidade.
A vida é feita de gostos, gestos e gastos.
E assim vamos tentando definir o indefinível.
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