segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

De Dezembro

Posso até estar errada.
Mas geralmente, não me engano.
Só não faço muitos planos,
Pois eles podem querer fugir...
Mas creio que está tudo certo,
Como nunca esteve antes.
Sem peso, sem dívidas ou cobranças,
Com uma distância bem no centro,
Cheia das lembranças.
Eu saberia quando fosse, de fato.
Sempre soube que saberia...
E agora, que sei, respiro mais calma.
Aliviada.
Não tem procura que não termine,
Nem busca que nunca chegue ao fim.
Paciência, menina... Só tenha.
Posso até estar errada,
Mas, lá no fundo, eu sei que não.
Ando mais feliz agora, 
Não me engano, nem disfarço.
Posso até estar errada...
Tem sido um erro bom então.

domingo, 26 de novembro de 2017

Alegriazinha

É uma alegria genuína.
Nem sei como explicar.
Dessas assim, leves, 
sem forma definida,
que brincam ao vento...
Alegria frágil, mas persistente.
Dessas de sol depois de chuva,
ou de chuva fresca depois de um dia de forte calor.
Nem cabe explicação.
É alegria miúda, simples,
de cama com forro cheiroso,
de descanso merecido após dia de trabalho duro,
de massagem no pé, 
de cheiro no cangote,
dessas de abraço apertado de saudade.
Alegria menina, 
de passeio de bicicleta, 
de beijo roubado,
de pipoca e cinema, 
de boa companhia,
de  diminutivo carinhoso.
É Alegriazinha.

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quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Terezinha de Jesus

Terezinha de Jesus, de uma queda, foi ao chão.
Nem deu tempo de algum cavaleiro acudir, dar a mão.
O coração de Tereza pausou.
Uma perda inesperada, uma queda não programada,
Que num susto foi levada, sem tempo de despedir.
Terezinha tão alegre, tão cheia de festas em si
Não suportaria ver a vida passar por ela sem sorrir.
Por isso creio que ela foi chamada ás pressas.
Para não ter tempo de fugir.
Ela, alegre e destemida,  jamais deixaria esta vida,
se recusaria a partir.
Então, que de repente, ninguém sabe o por quê,
a vida segue simplesmente, como há de sempre ser.
Pois Terezinha era dessas, que lutava sem reclamar.
Rindo e se divertindo, mesmo quando parecia não dar.
Acho que o céu fez festa pra ela, assim que chegou por lá.
Aqui ficamos mais tristes pela ausência que há.
Terezinha, virou estrela, brilha distante agora.
E nós, ainda perplexos, nos perguntamos: por que foi embora?
Abraços e beijos, Tia! Que seja festa no céu.
Saudades dos que aqui ficam, saudades de todos os seus.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Ei! Olhe pro lado!

Ei! Olhe pro lado!
Deixe esse celular só um pouquinho.
Repare nas pessoas que circulam perto de você.
Dê Bom dia, responda ao Boa tarde, compartilhe um Boa Noite.
Veja se quem trabalha com você realmente está bem e não apenas respondendo compulsoriamente a pergunta que a gente faz por fazer e nem se importa realmente com a resposta ("tudo bem?").
Olhe no olho quando conversar com alguém.
Dispense atenção, por alguns minutos apenas, quando estiver com os seus.
Elogie sinceramente. Dê um sorriso amistoso.
Abrace quando sentir vontade e se policie para que a vontade exista.
Olhe pro seu lado.
Repare em quem está ao seu redor.
Teste sua capacidade de filtrar tristezas, alegrias e tantos sentimentos 
que as pessoas escondem e que só com muita sensibilidade se é capaz de perceber.
Seja humano.  Só um pouquinho, vai? 
Ponha-se no lugar do outro... Pergunte-se sempre: e se fosse comigo?
Deixe o celular de lado, só por uns instantes e observe o mundo.
Tem um tanto de gente precisando e merecendo um olhar que seja.
Visite seu amigo. Pergunte com sinceridade se precisa de alguma ajuda.
Disponibilize um pouco do seu tempo para alguém.
O mundo anda carente de cuidado, de atenção.
Muitas tragédias poderiam ser evitadas se um olhar mais atento tivesse sido dispensado...
Um conselho, um ouvido, um abraço, um afago podem sim mudar o destino de alguém.
Olhe pro lado agora e veja na vida de quem você pode fazer a diferença.
Só por um instante, saia da bolha, enxergue por dentro.
Tem muita gente precisando ser vista e enxergada.
Há milhares de pessoas tramando vinganças, premeditando mortes, se perdendo num surto... Talvez um olhar mais atencioso perceba isso, antes que o pior aconteça.
O tamanho do sofrimento só pode ser calculado por quem o vive. 
Não cabe a ninguém de fora tentar dimensionar. Cada um sabe da sua dor.
Apenas olhe pro lado e enxergue. Sem telas, sem filtros, sem fotos.
Precisamos de uma dose de maior de humanidade para consertar a realidade.
Por um mundo melhor pra você mesmo.

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quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Ao médico, de coração.


Meu irmão, certa vez, me perguntou se eu só tinha amigos médicos.
Respondi que a maioria era sim. Mas existia ainda gente normal ocupando algumas vagas de amizades...
A maior parte das minhas amizades veio da medicina. 
A explicação é simples: num curso integral por 6 anos, residência com 60h semanais por mais 3, cerceada por colegas de profissão, fica até difícil encontrar tempo fora do ambiente de trabalho para outras amizades. Existe, mas com o tempo escasso, se torna mais fácil ter por perto, fora do hospital, quem já vive lá com você.
Tenho, na verdade, muita sorte.
Convivi com gente tão incrível, que antes de medicina ou qualquer profissão que fosse, eram pessoas da melhor qualidade. 
Foi então que eu entendi que não é só estudar, aprender e atualizar que faz o médico ser melhor.
A essência da pessoa que veste o jaleco torna a função especialmente mágica.
Gente de um coração imenso e de uma generosidade infinita, que me faz ter orgulho da amizade.
Pessoas de tão boa índole, de caráter ilibado, de conhecimento inquestionável que me faz ter respeito pela profissão que compartilho.
Pessoas nas quais me espelho e me inspiro, todos os dias.
Amizades que me enchem de alegria e felicidade.
Gente que vou levar no peito como amuleto, como abrigo na vida e como conforto na dificuldade.
Que além da medicina carrega tantos outros valores, tão nobres quanto ela, e a exercem da forma mais pura e genuína possível.
Hoje, desejo Feliz Dia aos meus amigos queridos, que dividem comigo as mesma angústias e tristezas que a profissão concede junto com o alívio e o conforto, alegria e desprendimento.
A medicina tem dessas coisas. Nunca é simples, sempre bela. 
Egoísta como só ela sabe ser, mas aproxima aqueles que a amam. De coração.

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segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Vamos brincar?



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Não faço apologia a ideologia de gênero.
Mas também não acho que existam brinquedos específicos pra meninos ou meninas.
O que há mesmo são brinquedos. 
E as crianças podem brincar com eles da forma como bem entenderem.
Brinquei de bonecas porque as recebi de presente. Mas tenho certeza de que brincaria com qualquer outro brinquedo que me fosse dado... Inclusive com o que não era brinquedo (pregadores, lápis de cor, latas de conserva e mantimentos... enfim, o que a imaginação deixasse).
Brinquei também com bolinha de gude, de futebol e vôlei  com meu irmão, com os bonecos do "Comandos em Ação" que meu irmão tinha, com o Batman e o Jiraya dele também. 
Fingia que dirigia um carro no sofá usando de volante um suporte de panelas e de marcha um pino de boliche.
Fingia que cozinhava com comida de verdade, com frutas que achava no quintal, fazia bolo de barro e enfeitava com plantinhas. 
Brincava com as minhocas das goiabas numa corrida de distância no tanque e com as minhocas do jardim também.
Brincava de queimada, pique-esconde e pique-alto, pique-bandeira, Boca-de-forno, vivo ou morto, o Chefe mandou, karaokê, desfile de moda, balanço no quintal, "adedanha" (a gente falava assim mesmo), Barbie, leggo, Playmobil, quebra-cabeças,  pulava cordas e elástico.
Em  nenhum momento me foi dito que não poderia dirigir meu carro imaginário no sofá ou brincar com os bonequinhos que meu irmão tinha. 
Nunca ganhei esses presentes ditos masculinos, porque há 30 anos, as pessoas pensavam que as meninas deveriam receber apenas alguns tipos de brinquedos e os meninos a outra parte do que sobrava de opções.
Acredito que brincar foi o que realmente definiu minha infância e me fez crescer mentalmente saudável. O tipo de brinquedo foi apenas um detalhe.
Criança não vê diferença entre o azul e o rosa. Quem ensina a diferença é o adulto.
Criança não vê maldade no nu. Quem erotiza a imagem é o adulto.
Criança não vê diferença em cor de pele, nível social, tipo de cabelo ou religião.
Criança apenas brinca.
Quem ensina todas essas diferença e ensina a discriminar são os adultos.
Creio que a função de educar é muito difícil, principalmente num mundo onde as pessoa PRECISAM ditar o que é certo e errado na vida dos outros.
Cada um tem o direito de escolher para si ou para seus filhos o que achar prudente, necessário e saudável. Só acho que querer para a vida do outro o que deseja pra si é no mínimo doentio.
Cada um tem o direito de opinar, como eu faço agora nesse texto. Mas ninguém é obrigado a concordar comigo ou a gostar do que eu escrevo. Mas também não dá para querer que eu pense diferente, né?
Trabalho com criança TODOS os dias. Só vejo pureza.
TODOS os desvios de conduta, caráter e inclusive, algumas doenças, são originalmente provenientes de adultos. Pais e mãe, cuidadores que, por motivos diversos, induzem o comportamento de discriminação, de pecado e julgamento.
Criança é esponja e absorve. O certo e o errado.
Crianças que brincam  de verdade são emocionalmente mais seguras, aprendem a compartilhar e conviver, exercitam a criatividade e se transformam em adultos independentes.
Controle o tablet, os jogos eletrônicos, celulares, TV, e principalmente, o conteúdo veiculado através deles. Não controle os brinquedos nem as brincadeiras.
Meninas serão mulheres que vão dirigir carros, por vezes, vão trocar pneus, serão engenheiras, médicas, jornalistas, empresárias... Por que limitar as brincadeiras? Meninos serão pais, cuidarão dos filhos (espero) nas trocas de fralda, alimentação e banho, serão chefes de culinária, desenhistas... por que limitar as brincadeiras?
Ninguém opta pela escolha sexual apenas pela cor da roupa que usa ou dos brinquedos que brinca.
Isso vai muito além e é tema de outro texto, bem maior que este.
Acho que falta deixar a criança viver a infância como se deve.
Os adultos não estão deixando.

domingo, 17 de setembro de 2017

Já se perguntou?

Semana difícil. Mais que as demais...
Notícias ruins na mídia, em redes sociais, com amigos.
O pensamento foi longe, a concentração fugiu e o coração ficou espatifado.
Tem sido uma batalha diária entender o rumo do mundo.
E confesso que ando sem norte.
Tanta violência gratuita, falta completa de empatia, retorno de movimentos racistas, nazistas, fascistas, anti-imigrantes... e me questiono: Onde vamos chegar? 
Qual será o desfecho dessa triste trajetória?
Quanta vale uma vida? Um carro? Um celular?
Quanto vale uma família? Um tênis? Cem reais? Uma herança?
Quanto vale seu trabalho? Sua vida? Sua família?
Quanto vale sua cor? Uma vaga? Um emprego?
Quanto vale sua opção sexual?  Uma amizade? Ser aceito?
Quanto custa ser honesto? Sua consciência? Seu trabalho? 
Quanto vale seu dinheiro? Seu pão? Seu caráter?
Quais os valores que realmente importam? Seu corpo? Sua aparência? Sua essência?
O que você deseja pra si é o mesmo que você deseja para o próximo?
E quem é o seu próximo? Já se perguntou?
O que você deseja para seus filhos é o mesmo que você deseja para os filhos de seus vizinhos e amigos?
Parece impossível, mas funciona de forma excepcionalmente fácil: fazer para o outro o que gostaria que fosse feito a você. E o contrário também é verdadeiro: não fazer para o outro o que não gostaria que fosse feito a você. Simples assim.
Não precisa de fortuna, inteligência acima da média ou fluência em outro idioma.
Colocar-se no lugar do outro e tentar sentir e experimentar o que ele vive. Só.
Minhas orações agora são por justiça e empatia, tolerância e piedade.
Rezo pelo mundo doente em que vivemos e pelas pessoas intolerantes que o povoam.
Se somos feitos á imagem e semelhança de Deus há de existir algo de divino em nós.
Deve estar escondido, sufocado pela busca incessante de mais, mais e mais para preencher o vazio imenso que a vida se transformou... 
Mas ainda acredito que vale a procura.
O maior tesouro se encontra onde deixamos nosso coração.
A riqueza está naquilo que não se mede valor.
A importância existe naquilo que preenche a alma, o espírito.
Agora, onde mora seu coração? 
O que tem mais valor na sua vida?
O que espera do seu futuro?
Já se perguntou?



quinta-feira, 3 de agosto de 2017

A Lei do Retorno

Sabe aquela sensação boa de limite físico superado? Nunca tive. De verdade.
Sabe aquela sensação de bem estar pela liberação de endorfina após atividade física intensa? Nunca rolou. Só com chocolate.
Sempre achei sacal exercício físico exaustivo. 
Era o fim do mundo pra mim sentir o fôlego indo embora e aquela dor esquisita no quadrante inferior do abdome durante a corrida,  dando sinal de que não daria pra continuar,  ou aquele pedido de socorro "pelamordedeus não vou aguentar mais" com o coração na boca... 
Enfim, a atividade física era um tormento. Sempre foi.
O talento pro esporte nunca existiu.  Foi e é zero.
Era a última a ser escolhida na escalação dos times.
Nas corridas, andava, sempre que podia... 
Fazia corpo mole na quadra, fingia amizade com a professora de educação física pra conseguir ser liberada das atividades...  E por isso, a menor nota do boletim escolar era  sempre dela... 
Tentava levar todo mundo na conversa pra conseguir fugir da atividade física...
Eu era da turma do papel crepom e da purpurina.
Tinha jogo interclasses? Precisava de mural, enfeites na quadra, fazer pompom pra torcida? 
Era a primeira candidata. Amava a ornamentação! Fazia com prazer! 
Precisava de alguém pra leitura? Cantar o hino? Fazer teatro, apresentação de dança, jogral, desfile? Ia feliz da vida! Sem sofrer.
Mas quando o assunto era fazer parte de alguma equipe, de algum time, era um castigo! 
Só consegui encontrar alguma graça nas atividades físicas que continham algo de lúdico: capoeira, dança, pilates... Mas não foram suficientes para sanar o que o corpo pedia...
Depois de anos afastada da academia, acabei voltando. Não por gosto, por necessidade mesmo.
A idade vai crescendo e uns ajustes se tornam urgentes, antes que não haja mais como consertar.
Então, a gente volta, mesmo sem querer, mesmo sem gostar, por obrigação, igual tratamento médico.
Compromisso é coisa séria: não falto, não burlo, mas reclamo e resmungo, que não sou de ferro... Dizer que gosto é contar mentira e, como só trabalho com verdades, não saberia fingir...
Não curto o clima, não entendo os aparelhos, me enrolo  até na roleta da entrada e na esteira (hehehe!)...  Acho as pessoas estranhas (embora elas também devam me achar esquisitona), tudo impessoal e superficial... Falta afinidade mesmo. 
Sou da turma do papel crepom! 
Gosto da miçanga e do canutilho, da purpurina e da cartolina! 
Da música, do canto e da dança, do livro, da janela, da praia e do sol quente na moleira! 
Do leite queimado, do chocolate quente, do bolinho de chuva, do bordado, da pintura, da viagem, da conversa fiada... Meu ritmo é outro!
Mas vou superando as adversidades diárias e perdendo menos o ar a cada treino. 
Se estou ficando forte? Com certeza! A força vem da resiliência. E a resiliência me dá força.
E sigo mantenho os olhos fixos nos benefícios que o que eu não gosto vai me proporcionar.
Complexo? Não muito. É a lei do retorno. 
Sabe as aulas de educação física que  eu fazia de tudo pra não participar? 
Não iria fugir eternamente, não é?  Chegou o momento de repor as escapadas. Tô aprendendo.




sexta-feira, 28 de julho de 2017

Sexta-feira

De tudo, um pouco.
Da semana inteira.
Caiu na sexta-feira.
O cansaço todo,
Da semana inteira,
Chegou na sexta-feira.
Do sono, do mosquito,
das picadas, da insônia,
do mojito, do agito,
das decepções, da infâmia.
Do preço, do piso,
do caro, da cura,
da espreita, da espera,
o que resta é a sexta.
Sem nexo, sem culpa,
a sexta sem sentido,
da chuva, do livro,
da falta do sorriso.
Não tem João nem Maria,
não tem quem alivia,
o gosto sem graça
da sexta sem nexo.
Que ardo em espera,
a semana toda,
pra ser assim,
desenxabida,
uma sexta cabisbaixa
e esmilinguida.
Sexta embaçada,
sem esperança,
sexta sem cor,
sem meta, sem brilho.
Sexta-feira,
sem brinde,
que o finde,
mais besta que possa,
é na sexta que começa.

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quinta-feira, 29 de junho de 2017

Frestas

O mundo? Anda chato e absurdo.
Tento ver pelas frestas,
se é que me resta ainda algo pra olhar.
Pois se ligo a TV, entristeço.
As notícias me destroçam.
Mas mereço algo melhor!
Abro, então, a janela
e perco uns minutinhos,
só olhando os passarinhos
se equilibrando na fiação.
Minha atenção aumenta,
na gotinha que pinga,
vinda da chuva na janela.
E ela, deixa um vento frio entrar
e pelas frestas, me convida a descansar.

O mundo anda tão perigoso...
E nem me arrisco a descobrir o porquê.
Acho mais saudável enxergar outras metas.
De novo, observo pelas frestas.
E descubro uma nota nova,
uma música inédita,
uma outra voz que canta.
Se a coragem me alcança,
eu abro um livro e viajo.
Sem dinheiro, sem mala,
sem destino, sem medo.
Esqueço a hora e o tempo.
Penso de novo nas histórias todas,
algumas, assim  nem tão boas,
mas que de fato me fazem sonhar.

Se o mundo me dá medo?
Um temor absurdo!
Ás vezes finjo ser surdo
pra não ouvir o que ele tem pra contar.
Daí, me escondo e me encontro nas frestas,
nas amizades  que construí
e que me protegem de todo o mal.
Na devoção me valho,
na oração me calo,
no dia a dia me benzo.
Que os anjos me guardem dos portentos,
que o bem seja toda a cura.
Sigo nas frestas da bondade,
vendo em frações de tempo a vida que passa
diante dos nosso olhos incrédulos.
Mas o mundo continua chato e sisudo!
Só espero, confiante, que isso tudo mude
ou não demore muito a passar.


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sábado, 24 de junho de 2017

Insone

- Seu Delegado, vim fazer uma queixa de desaparecimento...
Meu sono fugiu! Saiu de fininho, não disse onde ia, nem quando voltava...
Começou a escapulir de madrugada, me deixando sozinha em casa e depois, passou a não aparecer na hora marcada...
Começaria assim minha queixa-crime.
Acho de verdade um crime ter um sono fugidio.
Acho canalhice das bravas, falta total de escrúpulos!
Estou assim abandonada há umas 2 semanas...
Logo eu? A menina-dorme-sentada, a dorminhoca-mor da família, a pessoa mais sono em dia que eu conhecia. Logo eu.  Conheci a insônia. Que desprazer!
Tô agora aqui, abandonada, largada, entristecida.
Sim, pois a pessoa que não dorme é triste.
Acho até que tristeza e insônia deveriam ser consideradas sinônimos. Fato.
E nessa vibe de não dormir, me transformei num ser humano pior...
É, minha gente... é no abandono do sono que se revela a personalidade escondida: mau-humor, irritabilidade, intolerância, perda de memória, troca absurda de nomes, pessoas e lugares e um sem fim de pensamentos que se embolam na cabeça.
Daí, passo a admitir que faço parte da parcela ansiosa da população, embora negasse veementemente o fato até então e fizesse parte dos que tinham o teste da revista considerado como ansiedade normal e não patológica. Tudo errado!
Então, que quem não dorme, também não tem pele boa, o apetite não regula e tem olheiras de panda.
Tem rolado, numa tentativa desesperada de resgaste do bendito, umas passifloras, uns chazinhos de cidreira, uns antialérgicos master-power que na teoria causariam um soninho bom, e até melatonina entrou na lista.
Mas hoje, por exemplo, ele (o sono), fugiu ás 3h da matina e nunca mais deu as caras.
Continuo alerta desde então, mesmo tendo forçado um cochilo vespertino que os pensamentos acelerados não permitiram se concretizar.
Pedi pro Dr da acupuntura: acerta o ponto do sono? Faz um vodu com ele, sabe? Pediu calma, que as agulhas levam um pouco mais de tempo pra surtirem efeito... Por enquanto, nada.
Já que pela medicina chinesa o fígado está "bloqueado" e cheio de sentimentos e emoções retidas, vamos de chá pro fígado. Tá valendo tudo pro sono voltar pros meus braços. Até um tal de chá de boldo-do-chile. Pensa num treco ruim? É ele. Se quiser chamar alguém de desagradável chama de boldo-do-chile que está bem representado e sem dar vexame. Confia.
Atividade ao ar livre? Fiz.
Evitar leitura e tv ao dormir? Também.
Praia e sol, entrar no mar? Cumpri á risca.
Se for pra voltar a dormir lindamente de novo, estou promovendo.
Quero muito voltar a ser pessoa de bem. Mas para isso, preciso dormir em berço esplêndido novamente, ao som do mar e á luz do céu profundo...
Logo, faz aí uma oração, um pedido especial, que careço de um refresco. Tá puxado!
Sigo zumbi-panda-mau-humorada, na expectativa do retorno.
Procura-se sono perdido. Quase pagando resgate.
Acho um crime estra acordada a esta hora.

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quinta-feira, 22 de junho de 2017

Expectativas

E a gente acha que vai ficar tudo bem e que tudo, no final, dá certo.
Expectativa: é a definição disso.
Eu sei... É preciso pensar de forma otimista, fazer planos, ter projetos.
Assim se vive, certo?
Mas vale lembrar que são apenas expectativas.
Numa madrugada qualquer, uma viagem vira tragédia, 
uma pretensa consulta vira acidente, 
um fim de semana de folga e diversão se transforma em tristeza 
ou um trajeto nunca mais se completa.
É triste assistir, Pior é viver.
Penso e me pergunto: o que valemos?
Não tem preço, não tem valor.
Somos pó e ao pó vamos voltar.
Expectativas?
Fazer o percurso da melhor forma possível: com menos dor e mais amor.
Tarefa fácil? Nem tanto. 
Há dias em que pequenos percalços nos desviam do caminho.
Notícias como as de hoje fazem retomar a rota.
Ame, planeje, viva e construa. 
Mas somos só expectativas de que tudo dá certo no final.
Só não sabemos quando é o fim.

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domingo, 11 de junho de 2017

Sobre o amor e suas verdades.

Não está namorando? Tudo bem.
Vai passar o Dia dos Namorados desacompanhado? Ok. (Bate aqui!)
Mas isso não é motivo suficiente pra se sentir desamparado, certo?
Mais importante que o dia 12 de junho são todos os outros dias do ano, ocupados por todos os outros amores que a vida oferece.
E são tantos amores que recebemos na vida, que seria até injusto se sentir desmerecido...
Amor de amigo que oferece ombro, dá conselho, compartilha alegrias e principalmente os perrengues... 
Amor sem fim de mãe e pai que dá colo e puxa orelha, morde e assopra com tanto carinho, que seria impossível viver sem.
Amor de irmãos, que enchem de felicidade qualquer programa mais ou menos e transformam a solidão em companhia e gargalhadas.
A comida preferida também é uma forma de amor!
Um bom filme e uma música linda também são formatos de amor!
O amor é atenção e apoio. E é sorte receber tudo isso o ano todo!
O amor se multiplica em tudo que é feito com carinho: trabalho e lazer, diversão e compromisso.
E o melhor de todos os amores que se cultiva na vida é o amor próprio!
Permitir-se bons programas, livrar-se de culpas, ser feliz com pequenos prazeres é se amar.
E só pode amar o outro quem se ama primeiro.
Concordo com o poeta que disse que "é impossível ser feliz sozinho." Somos sim parte de uma rede cheia de fios que se entrelaçam e dividem tarefas, funções e sentimentos. E desses sentimentos, para que haja êxito no que for começar,  o amor ainda é fundamental.
Há quem já tenha encontrado a tampa pra sua panela. Há panela que nem tem tampa.
O amor não precisa obrigatoriamente de par. Precisa de decisão. Quando se escolhe pelo amor ele se multiplica nas relações e frutifica.
Feliz Dia do Amor pra quem sabe e pode amar!
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quinta-feira, 1 de junho de 2017

De ontem

Sim, fui lesada.
Descobri sem querer. Mesmo assim, continuava não querendo saber; Recusei a verdade.
Fiquei chateada, quis bater em um.
Mas depois, a sensação de impotência venceu e eu quis mesmo sumir do mundo digital.
Se no dia comum, no sol quente, a gente já está exposto ao risco, imagina então no anonimato da internet?
Você vira mais um número, mais um chip, mais uma conta, mais um contato, um cpf.
Se no tete-a-tete não rola vergonha, medo ou pudor, por trás da tela então, jamais haverá culpa.
E la´fui eu: fazer contestação de crédito, dizer que a conta não é minha, que não fui eu que fiz a transferência e que fui roubada.
O castigo pro crime? É meu. 
Cartão bloqueado, tempo perdido, almoço postergado, senha trocada, confiança abalada, decepção em níveis altíssimos.
Vontade de voltar pra roça e comprar fiado.
Dava certo anotar no caderninho. 
Sem juros, sem enganação. Era só honrar a dívida, que ninguém ia por zeros a mais ou a menos. 
Falando de tempos remotos? Não. De dia desses aí que comprei sem dinheiro, anotei no nome da minha mãe e ficou tudo bem.
Se o aplicativo facilita a vida? Sim, muito. E facilita o roubo.
Fica difícil saber se abraço a tecnologia ou me escondo dela e volto aos meus ancestrais, em tempos mais remotos, de esconder dinheiro embaixo do colchão, visitar os amigos em casa, de não ter roubos digitais.

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quinta-feira, 4 de maio de 2017

Saudade

Escola.
Sala de aula.
Hoje deu saudade.
Do nada.
Lembrei da sensação
do vento no rosto
 na descida do asfalto
de bicicleta.
Da fila de entrada.
Da fila da merenda.
Do cheiro do amaciante
no uniforme surrado,
Do recreio,
Do som das sax do Kenny G,
Da sirene da saída.
Do sono de ida e de volta,
no ônibus escolar,
Da falta de compromisso
com o mundo.
e o compromisso com a escola.
Quis voltar no tempo.
Mas não deu.
Ficou na saudade.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Eu e o mundo


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Anda o mundo tão louco e eu, escrevendo tão pouco, que ambos estarão pirados, em breve. 
É fato. É Sério!
Preocupa que o Trump construa muros, que a Coreia produza bombas, que a Russia tenha mísseis e que eu, um dia não tenha voz. 
Que eu ouça tudo e engula, no modo mudo, sem pestanejar.
Pelo menos, aqui, sem campo minado, me encontro. 
Digito errado, mas acerto o pensamento e organizo a fala pra, quem sabe um dia, dizer nada sobre isso tudo. E talvez seja só isso mesmo o meu discurso.
Preocupa a reforma trabalhista, da previdência e a incompetência de quem rege tais reformas...
Gente que não pensa no bolso alheio... E eu, tenho receio, mas digo que está tudo errado mesmo, do avesso, ao contrário. Salvem-nos quem puder!
Preocupa o preço que sobe, o salário que desce, e a gente que esquece de reclamar.
Preocupa a falta de tempo, a falta de amigos, o excesso de vícios, o celular.
Preocupa o golpe diário, que caio, por que estão na espreita, me esperando passar.
Sou vítima fácil, me compadeço, solidarizo. Ajudo sem muito pensar.
Mas escrevo que fui enganada, e escrever me consola e tranquiliza.
Fico pronta pra ajudar de novo quem quiser me lograr.
Preocupa que haja tanta guerra e pouca tinta, tanta mágoa e pouca fita pra enfeitar a vida de quem passar.
Preocupa não pensar antes de fazer e o fazer com excesso de pesar.
Ah, como preocupa não saber gostar! Fazer conta de tudo e o dinheiro deixar dominar.
Preocupa o desafino dos casais e os desatinos dos pardais, que voam sem direção... eu fico só a escrever e observar os desencontros que se dão.
Preocupa a mentira que vence e impunidade que cresce, sem que se possa provar.
Preocupa o pouco abraço, relações sem laços, dança sem par. 
Eu continuo escrevendo e cantarolando, tentando seguir a melodia sem destoar.
Vou escrevendo pra lucidez voltar, pra fazer o pensamento fluir e desenrolar.
E eu, fazendo menos que preciso, mais do que posso, o tanto que consigo, ainda faço nada neste mundo cheio de coisas por fazer...
Mas vai escrevendo, continua... que assim, a vida não vira fofoca, as histórias viram lembranças, as pessoas ficam pequenas e os sentimentos se agigantam.
Preocupa que falte o ar em breve e ninguém possa ler o que eu deixo. Por isso, propago sem medo, que escrevo sem planejar.
Que o mundo anda tão louco e se eu, continuar escrevendo pouco, vou o mundo acompanhar.

Dos verbos

Um amigo disse-me noutro dia que despedir era não pedir (des-pedir). 
Que analisando a palavra, parecia não haver sentido no ato. 
De fato: não pedir? Pra quê? Pra quem?
Pensei então: e se o verbo correto fosse expedir? E nós, nessa pressa de sempre, nos fazendo de surdos, deixássemos um fonema ser trocado por outro, assim, displicentemente, sem perceber, e quando nos déssemos conta, teríamos apenas a despedida, e a expedida não faria mais parte do nosso roteiro...
Expedir, então, verbo transitivo direto, seria o real "fazer partir" com destino e fim determinado. 
Se houvesse pressa, faria prontamente, despachava, promulgava, daria resolução, soltava e proferia, e pronto! 
Seria então expedir o significado de ser livre, para ir e voltar?
E despedir? Seria o quê? O verbo transitivo direto e pronominal que manda embora, assim, de retirada, numa ordem boa ou má... Ás vezes, como pronome, saudava na ocasião da despedida, mas, via de regra, acabava-se. E ainda podendo significar um tanto de desferir, terminar, morrer... 
Seriam verbos irmãos, primos, parentes, que seguem seus caminhos de movimento e término, de fim?
Pensei mais um tanto: poderia despedir-me por aqui ou expedir-me para um parágrafo a mais.
Mas seria um descaso, um descompasso, um desalinho, um desacato da minha parte não continuar...
Amigo, des-pedir, é sem-pedir, é ir embora sem permissão, é sair á francesa, escondido, ou mesmo anunciado, mas a contragosto. É ir, querendo ficar, é partir sem gostar.
Expedindo ou despedindo, sempre se vai a algum lugar. Perto ou longe, mas se vai.
Por isso, as despedidas quase sempre são tristes: é um partir permanecendo.
É ir sem o que fica. Separar-se sem querer. Olhar atrás ao sair, deixando de si e levando um pouco de quem ficou.
E viver é querer que tantos outros verbos façam parte do contexto e que a vida seja mesmo uma grande expedição, com presteza de execução e diligência: cada qual no seu caminho, rumo a um destino, fazendo cumprir o curso que cada um deve seguir. As despedidas fazem parte do itinerário, não tem jeito: São conclusões.
Adiante.

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domingo, 9 de abril de 2017

PS

  Domingo passado li uma breve reportagem na internet sobre uma adolescente que havia falecido por uma infecção grave, não bem definida até então. Soube depois, lendo de outras fontes, que se tratava de uma infecção bacteriana grave, levando á morte. Contava a reportagem, cuja origem não me recordo agora, que a garota havia sido atendida num pronto socorro particular, por 2 vezes, sendo liberada pra casa com diagnósticos e tratamento para tal, mas sem melhora dos sintomas.
  Muita gente se perguntou se houve erro de diagnóstico, se faltou um olhar médico apurado, se havia como impedir a evolução tão rápida e fatal.  Também pensei a respeito. Pensei muito, afinal já estive no pronto socorro dos 2 lados: como quem presta atendimento e como quem o recebe. E é preciso prudência antes de concluir precipitadamente sobre culpa e culpados.
  Pronto Socorro é lugar difícil.Tanto no sistema público de saúde quanto no particular. Difícil para trabalhar, para precisar, enfim... lugar de passagem necessária quando há urgência de fato, e nem sempre isso acontece.
  Do lado de quem atende, posso dizer que é desgastante, cansativo, exaustivo. Ás vezes, não dá tempo de comer, de ir ao banheiro...Alguns até perguntam: "mas não escolheu esta profissão?" Sim, a escolha da profissão não inclui condições desumanas de trabalho... São situações bem distintas...       É uma demanda grande em volume que, por muitas vezes, não dá conta da vazão... Muita gente, pouca urgência, muita cobrança.... Nem sempre a atenção dada é suficiente pela falta de tempo, pelo grande número de pacientes e reavaliações e quando surge realmente um caso urgente, não tem jeito: vai ter mais atraso, mais reclamação por parte de quem está aguardando e, nem sempre as pessoas compreendem que a demora acontece porque a urgência é prioridade. Logo, surgem pacientes mal-humorados, que por vezes destratam funcionários e profissionais de saúde e tornam as condições de trabalho mais insalubres ainda.... Tem recém formados, gente mais experiente, profissionais qualificados, outros nem tanto assim, especialistas, generalistas... há de tudo. E infelizmente nem todo mundo está preparado para a dificuldade. Deveria ser assim? Não. Mas é.
  Do lado de quem é atendido, continua sendo desgastante, cansativo, exaustivo... Há demora para ser atendido, burocracia de recepção, demora na coleta de exames, na obtenção de resultados, contato com gente doente durante a espera, falta de espaço físico, de conforto pro doente, falta de vagas e leitos... Na maioria das vezes, nem somos atendidos como gostaríamos. Há profissionais impacientes, cansados, mal remunerados e que exteriorizam seu descontentamento num atendimento mal feito. Deveria ser assim? Não. Mas as vezes é.
  Pronto Socorro é lugar de URGÊNCIA. Se fosse usado na forma adequada, causaria menos transtornos para ambos os lados. O tumulto, a demora e até a falta do olhar apurado acontece porque tem gente demais usando de forma errada... e atrapalha. A cada dia é um plantonista diferente, com condutas diferentes, vendo um paciente num momento diferente da doença...Não há certo ou errado. Há diversidades gigantes que precisam ser consideradas.
  Dor de garganta, pequenos machucados na pele, assaduras de fraldas, mal estar leve, febre e outros sintomas que NÃO comprometem as atividades habituais do indivíduo (respirar, comer, ir ao banheiro, brincar- no caso das crianças- e dormir) não se constituem urgência.
  A consulta com o médico pode e DEVE ser agendada. De preferência, com um profissional que já conheça o paciente previamente, que atenda SEM PRESSA olhe com CALMA e CUIDADO e dedique a atenção necessária. Não precisa ser um especialista. Pode ser um clínico geral, o pediatra, o geriatra, enfim, quem está mais próximo e seja apto para solucionar o problema.
  Nas Unidades Básicas de Saúde do Município existem vagas reservadas para demanda e para agendamento. Pode até ser que não sejam suficientes para todo mundo, mas dizer que o sistema não oferece, não é verdade. Digo isso porque trabalho em uma. E ás vezes, sobram vagas, pois as pessoas agendadas não comparecem e nem desmarcam.
  Nos consultórios particulares ou que atendam por planos também se consegue agendar. Muitas vezes, aproveitando uma desistência,  até pro mesmo dia. Se seu plano de saúde não oferece profissionais com agenda disponível, questione o serviço prestado e principalmente, o valor repassado ao médico. Talvez o não pagamento em dia para o profissional ou preços defasados de consultas colaboram para que a agenda fique assim.
  Se o médico de confiança, de rotina, não lhe atende, se não há prioridade no atendimento, no acompanhamento, questione a possibilidade de troca. Relação entre médico e paciente é de confiança, cumplicidade. Quem conhece bem seu paciente, consegue, de longe e bem rápido, saber quando as coisas não vão bem...
  Resumindo: não há como encontrar culpado num fatalidade dessas. Mas o uso consciente dos serviços de saúde garantiria melhor atendimento pros pacientes e melhores condições de trabalho pros médicos. E o mais importante (tanto para médicos e pacientes): na persistência dos sintomas, na falta de melhora, é importante pensar numa reavaliação sim, numa segunda opinião, na revisão do caso, do diagnóstico e do tratamento com cautela.
  As super bactérias estão espalhadas por aí, cada vez fazendo mais vítimas. O atendimento médico deve sim acontecer, para que medicações adequadas sejam prescritas, com menor chance de resistência, evitando a automedicação por parte dos pacientes e consequentemente, o uso desnecessário de substâncias que podem contribuir para o surgimentos desses microrganismos tão poderosos.

domingo, 19 de março de 2017

Gracias

Fim das férias.
Amanhã retomo a rotina.
Descansada? Sim. Se tivesse mais dias de folga não acharia nada ruim também.
É bom ter um tempo pra fazer nada. E também cuidar de assuntos que não se tem assim tanta disponibilidade normalmente.
Aproveitei bastante, Como pude, como consegui.
Revi família e amigos, dormi bastante em alguns dias, quase nada em outras noites, viajei, nadei, dancei até o pé doer, andei até a perna cansar, curti como dei conta, sem horário, sem relógio, sem celular, ri das minhas gafes, me aceitei nos limites que tenho.
Passeios lindos, chá de aeroporto, pernoite em avião, muitos idiomas, muitas faces diferentes, muitas nacionalidades... quanta história! Como tem gente diferente no mundo!  Muita gente convivendo e dividindo o mesmo espaço pacificamente, numa verdadeira torre de Babel. Como o mundo é gigantesco...
A gente é nada. Um cisco. Uma poeirinha no cosmo.
A vida da gente é um sopro, sem qualquer grandiosidade...mas ao mesmo tempo é tão valiosa!
Retorno mais grata ainda. Com novos planos e projetos pra viver melhor e mais feliz.
Ter pra onde voltar é dádiva!
Companhia pra viajar é ouro!
Ter quem lhe receba de volta não tem preço!
Poder ver tanta beleza é presente pra poucos.
Sou privilegiada.
Retorno mais feliz. E ouso dizer que até mais simpática. ( Será, gente???...hehehe!)
Volto com a certeza de ser agraciada por tantas bênçãos.
Querendo ser uma faísca de toda luz que eu recebi nesses dias pra propagar diariamente.
Certeza de que haverá menos sombra no mundo...
Comecemos.

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