sexta-feira, 28 de abril de 2017

Eu e o mundo


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Anda o mundo tão louco e eu, escrevendo tão pouco, que ambos estarão pirados, em breve. 
É fato. É Sério!
Preocupa que o Trump construa muros, que a Coreia produza bombas, que a Russia tenha mísseis e que eu, um dia não tenha voz. 
Que eu ouça tudo e engula, no modo mudo, sem pestanejar.
Pelo menos, aqui, sem campo minado, me encontro. 
Digito errado, mas acerto o pensamento e organizo a fala pra, quem sabe um dia, dizer nada sobre isso tudo. E talvez seja só isso mesmo o meu discurso.
Preocupa a reforma trabalhista, da previdência e a incompetência de quem rege tais reformas...
Gente que não pensa no bolso alheio... E eu, tenho receio, mas digo que está tudo errado mesmo, do avesso, ao contrário. Salvem-nos quem puder!
Preocupa o preço que sobe, o salário que desce, e a gente que esquece de reclamar.
Preocupa a falta de tempo, a falta de amigos, o excesso de vícios, o celular.
Preocupa o golpe diário, que caio, por que estão na espreita, me esperando passar.
Sou vítima fácil, me compadeço, solidarizo. Ajudo sem muito pensar.
Mas escrevo que fui enganada, e escrever me consola e tranquiliza.
Fico pronta pra ajudar de novo quem quiser me lograr.
Preocupa que haja tanta guerra e pouca tinta, tanta mágoa e pouca fita pra enfeitar a vida de quem passar.
Preocupa não pensar antes de fazer e o fazer com excesso de pesar.
Ah, como preocupa não saber gostar! Fazer conta de tudo e o dinheiro deixar dominar.
Preocupa o desafino dos casais e os desatinos dos pardais, que voam sem direção... eu fico só a escrever e observar os desencontros que se dão.
Preocupa a mentira que vence e impunidade que cresce, sem que se possa provar.
Preocupa o pouco abraço, relações sem laços, dança sem par. 
Eu continuo escrevendo e cantarolando, tentando seguir a melodia sem destoar.
Vou escrevendo pra lucidez voltar, pra fazer o pensamento fluir e desenrolar.
E eu, fazendo menos que preciso, mais do que posso, o tanto que consigo, ainda faço nada neste mundo cheio de coisas por fazer...
Mas vai escrevendo, continua... que assim, a vida não vira fofoca, as histórias viram lembranças, as pessoas ficam pequenas e os sentimentos se agigantam.
Preocupa que falte o ar em breve e ninguém possa ler o que eu deixo. Por isso, propago sem medo, que escrevo sem planejar.
Que o mundo anda tão louco e se eu, continuar escrevendo pouco, vou o mundo acompanhar.

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