quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Ao médico, de coração.


Meu irmão, certa vez, me perguntou se eu só tinha amigos médicos.
Respondi que a maioria era sim. Mas existia ainda gente normal ocupando algumas vagas de amizades...
A maior parte das minhas amizades veio da medicina. 
A explicação é simples: num curso integral por 6 anos, residência com 60h semanais por mais 3, cerceada por colegas de profissão, fica até difícil encontrar tempo fora do ambiente de trabalho para outras amizades. Existe, mas com o tempo escasso, se torna mais fácil ter por perto, fora do hospital, quem já vive lá com você.
Tenho, na verdade, muita sorte.
Convivi com gente tão incrível, que antes de medicina ou qualquer profissão que fosse, eram pessoas da melhor qualidade. 
Foi então que eu entendi que não é só estudar, aprender e atualizar que faz o médico ser melhor.
A essência da pessoa que veste o jaleco torna a função especialmente mágica.
Gente de um coração imenso e de uma generosidade infinita, que me faz ter orgulho da amizade.
Pessoas de tão boa índole, de caráter ilibado, de conhecimento inquestionável que me faz ter respeito pela profissão que compartilho.
Pessoas nas quais me espelho e me inspiro, todos os dias.
Amizades que me enchem de alegria e felicidade.
Gente que vou levar no peito como amuleto, como abrigo na vida e como conforto na dificuldade.
Que além da medicina carrega tantos outros valores, tão nobres quanto ela, e a exercem da forma mais pura e genuína possível.
Hoje, desejo Feliz Dia aos meus amigos queridos, que dividem comigo as mesma angústias e tristezas que a profissão concede junto com o alívio e o conforto, alegria e desprendimento.
A medicina tem dessas coisas. Nunca é simples, sempre bela. 
Egoísta como só ela sabe ser, mas aproxima aqueles que a amam. De coração.

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