Ai, menina!
Donde surge tanta tralha,
Donde vem tanta bagunça,
de presente pra arrumar?
E tira, limpa, esfrega,
lava, seca, passa o ferro,
E passa o pano, e passa o tempo,
E não me lembro onde guardei...
Papel e mais papel!
Quero fazer a fogueira!
Quem sabe alguém queira
aproveitar algo de bom?
E troca tudo de lugar,
muda o espaço, a estante,
e espirra e coça nariz!
Ai, menino!
Que ajeitar não vai ter fim!
E aproveita a folga,
que o tempo não perdoa.
Escurece lá fora
e, daqui a pouco,
a hora voa!
Organiza para desarrumar,
Arruma para bagunçar.
E a vida? Como está?
Arruma e organiza,
que o tempo não lhe espera.
Limpa e desamarrota essa vida, menino!
Tira a poeira dos sonhos,
empilha os desejos,
joga fora as traças e as teias,
Retira da gaveta
o que tem pra realizar.
Hoje é dia de faxina, menina!
Desentulha a alma,
põe cheirinho de limpeza,
que o coração deseja
apenas se organizar.
Joga fora o que não presta,
esquece o que se detesta,
costura o rasgo, faz bainha,
prega o botão da camisa,
arrume-se para a festa,
que a vida não pode esperar.
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