sábado, 25 de maio de 2013

Beleza pura



Eu vejo lindo o sábado nublado!
E acho esplendorosa  qualquer chuva.
Nem sempre o dia ensolarado que é bonito,
nem sempre o colorido é que gera vida,
e pode-se encontrar graça no cinzento,
no pálido, no franzino e esquálido.
Pode-se ver beleza no esquecido,
naquilo que a maioria preteriu.
O belo pode vir como um sorriso,
mesmo sem dentes, de alguém que vê o mundo com os olhos de novidade, 
como as crianças que eu assisto todos os dias.
Posso ver beleza na educação de uma gentileza, 
feita por alguém de roupa rota e rugas na face.
Vejo uma elegância incrível num bom dia dado, 
espontaneamente, pela moça da limpeza,
pelo segurança da catraca, 
que não sabem quem eu sou, mas mesmo assim, me desejam o bem.
Posso enxergar beleza em um "fica com Deus" ou um "bom trabalho",
dado por quem nunca mais vai me ver na vida.
E achar lindo aquele que, na pobreza acolhe mais um, 
adota um filho, além dos muitos que já tem, 
divide o pouco que possui, 
não faz conta do que tem para dividir.
Lindo mesmo é estender a mão, sem pedir nada em troca.
Não esperar devolução, não cobrar, nem julgar.
A beleza pura está nos olhos de quem vê, 
no olhar de quem visualiza o mundo sob o filtro da bondade.
Poque, geralmente o bom é belo.
E Deus habita no que é bom.

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