segunda-feira, 20 de maio de 2013

Bola de Neve

Hoje foi segunda,
com cara de quinta,
cansada como sexta,
pesada como quarta,
bem metade do caminho,
tristonha como domingo de chuva,
mas o humor, ah, o humor foi mesmo de segunda.

Queixas e mais queixas,
que ouço e resolvo:
dores do corpo,
problemas da alma.
E minhas queixas?
Quem as ouve?
E meus problemas?
Quem pode resolver?

Quanta tragédia,
quantos remédios,
quantas vozes escuto...
Perguntas sem respostas,
perguntas desconexas,
falta de rumo, de prumo, de certezas.
Mas na mesa ponho as letras
que solucionam boa parte
dos transtornos alheios.

E meus meios?
Quem descobre?
Minhas contas,
meus anseios,
ninguém dá conta,
ninguém se importa.

Quero minha cama,
quero de volta minha folga,
essa bola de neve de queixas,
soterra qualquer pensamento.
Muito lamento,
pouco contento,
a alma não se ajeita
por nada deste mundo.

Hoje a segunda foi obrigada,
rejeitada e recusada,
como dia que não queria ser.
Foi dia mal ajambrado,
de paciência limite,
educação miserável
e fôlego no fim.

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