Começou outubro e decidi vestir rosa, todos os dias.
Mesmo que um detalhe apenas dessa cor, para lembrar da proposta de sensibilizar as pessoas na luta contra o câncer de mama.
Quem já viu de perto a doença ou conviveu com alguém que passou por ela sabe da importância de uma dica, de uma informação que , muitas vezes ajuda na prevenção e no diagnóstico precoce.
Além de fortalecer aqueles que ainda estão lutando pela vida numa batalha árdua e feroz.
Pois bem. Relembrei mentalmente tudo o que havia de rosa no guarda roupa, pra que ficasse mais fácil na hora de usar: lenços, saias, vestidos, blusas, camisas, sapatos, cintos, brincos, bolsas e sim, descobri em mim uma pantera cor de rosa, uma verdadeira Hello Kitty, uma Barbie.
Mas o tempo virou, a chuva surgiu, o vento ventou.
E na pressa de sair pra trabalhar, na correria de votar, na intenção de fugir do frio e da chuva, o rosa se esvaiu...
Quando me dei conta, já estava de azul, segurando a saia na ventania; de vermelho, que não precisava do ferro de passar; de branco, porque o sapato que poupava os pés não ia "ornar" com outra cor mesmo; cinza com lenço colorido, amarelo, verde... enfim.
Nenhum rosa rolou em homenagem á campanha de outubro.
E concluí que a vida é assim mesmo, intensa e colorida, cheia de mudanças: de tempo, de clima, de planos, de humor, de trajetórias, de vontades.
E por mais que queiramos tudo cor-de-rosa, não tem jeito... As intercorrências aparecem a trocam as cores: da vida, da alma e dos sentidos.
Restou-me apenas querer ser luz - a reunião de todas as cores- e num abraço colorido, mesmo que virtual, para desejar um outubro doce e rosa, cheio de vida para quem precisa dela e cheia de cores para quem precisa sair da escuridão.
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