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domingo, 26 de outubro de 2014
FIM
Hoje eu votei.
Obrigatoriamente.
Não escolhi o que deduzi ser o melhor.
Escolhi, entre as opções que me deram, o que eu pensei ser o menos nocivo, o menos pior.
Não tenho esperança de solução milagrosa para o país.
Tampouco, levanto bandeira de partido ou qualquer candidato.
Não me associo a nenhum deles, pois não me representam.
Não creio que o desejo de governar pelo povo seja legítimo.
O que todos querem no fim das contas é o benefício próprio,
o enriquecimento ás custas do povo, o poder.
E quando vejo os eleitores rivalizando entre si por este motivo, de forma irracional,
me entristeço.
E concluo que o problema maior do país é sua população.
Intolerância, ignorância e falta de maturidade para entender as divergências de opinião, incapacidade de compreender a escolha alheia, sem levar para o lado pessoal, sem se ofender, sem agredir o outro.
Quando percebo que a guerra eleitoreira se assemelha á briga entre torcedores fanáticos de futebol (bem conhecidos, diga-se de passagem), que se espancam e se matam só por serem torcedores de lados opostos, percebo que não posso exigir dos governantes, porque o povo que o elege ainda é a tribo de índio que recebeu Cabral.
Não elegi o atual presidente, nem por isso concordei com as vaias que recebeu.
Fui ás ruas, pela minha classe e pelo que achei justo e digno.
Mas nem por isso cobrei dos outros o que acredito que precise partir de mim: educação e respeito.
Nessas eleições, descobri o que anda em falta na vida do brasileiro.
Mesmo que se mude o governo, se a mentalidade da população continuar igual, não vislumbro crescimento nem desenvolvimento para o país.
Infelizmente.
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