E eu continuo sem entender.
Agora, com menos angústia e sofrimento.
Mas não entendo ainda um tantão de pessoas e acontecimentos.
E ando descobrindo que não compreender sai mais barato.
Já que a conta não fecha mesmo, o menor prejuízo é o que vale.
Nem as escolhas alheias,
nem a falta de informação e de visualização de futuro.
Nem a falta de critério de governo,
nem a falta de vergonha,
nem a covardia das escolhas ou a falta delas.
Quero que a folga de entendimento permaneça ainda um bom tempo.
Não vejo futuro em decifrar tantas complicações...
Sem entender por que o errado é o certo,
por que o certo está sempre no erro,
por que a beleza espanta,
por que a inteligência atrapalha,
por que o caminho tortuoso é o escolhido,
por que a simplicidade é complicada,
por que a saudade dói,
por que minha lógica é ilógica.
Dormir para acordar, trabalhar para não viver.
E nas brechas disso tudo, vai se tentando entender.
Que o tempo, pouco amigo, tampouco ajuda.
Cria rugas, esconde a memória
e já não lembra e não se entende mais nada.
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