quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Sobre os amores

Há amor de todo jeito.
Há várias maneiras de amar.
Como já dizia a canção: " amores à vista, amores a prazo..."
Não precisa de vasta experiência
ou lista crescente de dados, números ou nomes.
Apenas o sentimento é suficiente. E basta.
Tem amor de mãe, aquele que começa antes mesmo de existir.
Que perdoa, acolhe e de vez em quando põe o dedo em riste.
Amor de pai, que ralha mas protege e afaga.
Altivo. Autoridade. Piedade.
Amor de irmão, que é genuinamente cúmplice.
Defeitos e qualidades tão acoplados que se fundem.
Ama-se-o conjunto.
Amor de amigo, que é irmão por escolha.
Aquele para quem o silêncio não é tormento,
que a verdade não chega a incomodar e que o abraço vence os infortúnios...
Há também o amor carnal.
Alguns chamam de paixão, desejo, atração...
Vem como um furacão devastador, mas passa.
E deixa a brisa leve em seu lugar.
Descontrolado. Impulsivo. Desequilibrado.
Não deixa de ser amor, porque é verdadeiro.
E amor é verdade.
Há ainda o amor de tio/tia: ama os que pertence aos seus, como se fosse uma parte de si mesmo.
Amor de madrinha ou padrinho: não é seu por natureza, mas por escolha.
Ser escolhido para adotar alguém é declaração de amor incontestável...
Amor de primos: mais que amigos, quase irmãos.
Segredos e carinhos para uma vida inteira.
Tem também amor de mãe ou pai postiços: ama-se o o outro por terem amores em comum.
Amor de alma: entrega de espírito, planos e projetos. Comunhão de almas mesmo.
Pode ser entre irmãos, amigos, homem-mulher... È coisa que transcende...
Tem ainda amor pelos bichos, amor pelas conquistas, amor pelas memórias.
Não esquecendo do amor próprio: gostar verdadeiramente de si, a ponto de abdicar de algo que seja nocivo ao próprio bem estar, mesmo que todo o mundo pense o contrário.
Para finalizar, o amor-de-amor: sereno, simples, tranquilo.
Aquele que não faz cobranças, que não espera algo em troca, porque sabe que não precisa de restos para existir.
Perdoa, resiste. Espera, implora. Reconhece o erro, volta.
Não agride. Respeita o espaço, as diferenças. E acolhe as diversidades.
Apenas vive.E deixa o outro viver. E basta.

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