Para início de conversa, quem adquire um ingresso para assistir a um show ou a uma apresentação qualquer- seja dança, teatro ou cinema- é um interessado no tema.
O interesse pode sim ser apenas uma curiosidade sobre o assunto, o chamado "ver pra crer",
mas acredito que a grande maioria das pessoas gostem daquilo que buscam e é este o motivo que basta.
Se gostam, deveriam ter uma postura de respeito, creio eu.
Fico incomodada com as vaias que antecedem as apresentações.
São para punir o atraso? Também não se justifica.
Vergonha alheia sinto. Vontade de me esconder como avestruz, apenas por estar alí, do lado de quem vaia...
Vejo que o atraso resulta, muitas vezes, da dificuldade de tanta gente entrar e se acomodar antes do espetáculo começar.
Então, de novo, nos deparamos com ela, a educação.
Infelizmente, muita gente a deixa em casa quando vai a estes eventos...
Sair cedo, escolher calmamente o lugar e evitar confusão é muito mais sensato. E educado.
E também evitaria o descontentamento geral pelo atraso. Ninguém começaria o show com uma fila interminável de pessoas ainda para entrar, mesmo sabendo que a hora marcada da apresentação já havia há muito sido extrapolada!
E brasileiro que se preze confia no atraso. Deixa para o último momento, porque sempre dá tempo já que nada por aqui começa na hora mesmo.
Apresento-lhes então a Pontualidade: amiga da educação.
Pois bem, começado o show, calor insuportável, estávamos todos lá , a espera dos clássicos.
Sei que o cantor vem para expor repertório novo, CD novo com músicas novas, mas o povo quer mesmo o sucesso consagrado, o repertório antigo.
E nem é para ouvi-lo ser cantado não. É para cantar junto, num imenso coral...
Vai entender? Mas é assim que acontece.
Início lento, músicas desconhecidas e lá pelas tantas, parecia que estávamos em um grande restaurante, com uma música de fundo e todo mundo batendo papo, sem grandes preocupações.
Vez ou outra, intercalando uma canção nova, surgia uma mais antiga e todos se voltavam de novo pro palco.
Sentados, imóveis, mas participativos.
Posso dizer que a presentação seguiu assim, a maior parte de tempo.
E só próximo ao fim, a plateia se rendeu ao show e o cantor se rendeu ao passado revisitando as canções de sucesso. O bis também foi bom.
Cantor excelente, ótimo compositor e instrumentista impecável! Porém sem muita presença de palco e pouco interativo com a plateia. Sim, ele pode se dar este luxo!
Entretanto as canções novas são muito parecidas e não muito empolgantes. Houve CDs melhores.
Pelo menos para meu pobre gosto amador, que fique bem claro.
Para terminar, gente fumando em lugar fechado e deixando muito lixo pelo chão, já que lixeiras eram artigos de luxo por lá.
Educação, vá da próxima vez! Não fique em casa!
Saldo positivo no fim. Mas a bem da verdade, bocejei algumas vezes e desejei minha cama.
Mas o Dja não precisa saber disso, né?
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