quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

200

Quando escrevo a pretensão é zero.
Quero agradar ninguém em especial.
Quero mesmo é me agradar.
Contar pra mim mesma alguns segredos que eu finjo não saber durante o dia de sol quente,
no auge do sufocamento do trabalho,
no desespero da espera,
na angústia da falta de respostas,
na apreciação de surpresas.
É, a gente finge muitas vezes que não escuta e que não enxerga os próprios pensamentos.
Porque no fim, se desagradar é bem pior que desagradar os outros.
Por isso, coloco em palavras o turbilhão que nem processo direito todo dia.
Funciona como uma forma de escapar das armadilhas,
de por um pouco de alma pra fora, desengasgar dos sapos deglutidos.
Terapia de 1,99, mas que chegou a 200 posts.
Fico feliz se alguém lê e se identifica. Se gosta de alguma parte.
O que eu ponho aqui é mais que sincero. É puro.
Não é para ter beleza, nem para ser lapidado e polido como uma poesia cara.
Quem me dera o talento da escrita!
Mas fiquei admirada com o número: por 200 vezes estendi no varal do papel um pedacinho de mim,
uma peça de roupa da minha vida, um sonho, um devaneio, uma esperança.
E melhor de tudo, me faz um bem enorme!


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