sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A partir de uma conversa

È inútil pensar que pode-se consertar o mundo.
Os cacos estão aí espalhados faz tempo e, de tão miúdos, já não se fazem enxergar...
È ilusão pensar que resolveremos todos os problemas que surgem... Nem os nossos, nem os dos outros!
Ainda mais se eles fazem parte de uma sucessão de acontecimentos que a história de vida de alguém criou...
Não precisa se sentir culpado por não querer, tampouco por não aceitar o que a vida lhe oferta.
Nem sempre amamos o belo, nem escolhemos o mais inteligente ou lucrativo.
Não gostar do fracasso ou do fracassado não torna alguém um algoz.
Não querer o diferente não torna alguém discriminatório...
Não é preciso se sentir mal por não poder oferecer amor e sim amizade. Pior é oferecer nada.
Nem não aceitar o amor do outro quando este se torna insuficiente pra si mesmo.
Piedade não é amor. Comodismo não é segurança. Aceitar nem sempre é gostar. E gostar é, muitas vezes, deixar ir.
Seguir o próprio destino pode ser desfazer laços, soltar amarras.
Não dá pra desfazer nós que não criamos, nem consertar traumas de uma vida inteira que brotaram não se sabe como...
A partir de uma conversa, assim, sem grandes pretensões, percebi que nos encarregamos de funções que não nos cabem, nos outorgamos importâncias que não temos e tememos as reações do outro, que não nos pertence.
È sempre difícil fazer escolhas. Principalmente se elas modificam por completo os caminhos seguintes.

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