terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Àrvore da vida



Ontem assisti a um filme de uma delicadeza ímpar. Chama-se "Àrvore do amor".
A história se passava na China antiga, e tinha como cenário a época da revolução, em que muitos jovens chineses eram enviados aos campos, numa espécie de "reeducação", como era dito por eles.
O tema principal era o amor de um jovem casal, mesmo diante das inúmeras dificuldades pertinentes ao momento político local.
Filme triste, mas com um cenário encantador, enaltecendo as belezas naturais da região e, acima de tudo, levando á reflexão sobre o que seria o amor de verdade.
Não. Não falo do amor vendido nos filmes americanos, nem nas novelas nacionais.
Não falo do sentimento camaleônico que se vê hoje em dia, que troca de companhia, de idéias, de sentimentos a cada adversidade, ou simplesmente por ímpeto de mudança.
Falo do amor, no sentido mais honesto e puro que há.
Aquele sentimento que existe sem querer algo em troca; que está ao lado do outro mesmo que seja para dar conforto; que está sempre pronto a ajudar, a colaborar de alguma forma, seja material ou espiritual; que sempre pensa em agradar, mas de uma forma tão espontânea, que faz o outro se sentir importante, caro.
Falo do amor que cura feridas, que mata a fome, que estende a mão, que oferece o ombro, que espera, aguarda, que entende o tempo do outro; que faz cada momento ser único e, na memória, se tornar eterno. Falo do amor que deseja o bem e a felicidade do outro, que não oprime, não prende, não sufoca, apenas deixa existir.
Falo do amor como uma árvore: que cresce, oferta sua sombra, sua madeira, presenteia com suas flores, alimenta com seus frutos e segue seu trajeto altiva, certa de que fez o melhor, sem querer nada como recompensa.

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