segunda-feira, 7 de junho de 2010

Para os meus amigos

Ah, os amigos...
São pequenas contas de um colar valiosíssimo.
Entretanto, se não estiverem unidas, não dão forma ao adereço
Perdem seu preço e o colar não existe mais.
São irmãos e primos que nos permitimos escolher.
Não comungam de laços de sangue; são enovelados de laços de vidas.
São pequenos grãos de areia que formam grandes dunas.
São colagens de figuras que ilustram o álbum da existência.
São convites de festa.
São ingressos pro nada.
Amigos são almoço e jantar da alma.
Sobremesa do espírito e deleite pro repouso.
São abraços de pai e de mãe camuflados.
Sem o peso das cobranças, sem o olhar que condena ou que pune.
È passagem pra Terra do Nunca.
Com retorno pra Terra do sempre: sempre presente, sempre do lado, constante confidente, cúmplice e conivente.
São brinquedos que sonhamos em ganhar.
E que jamais esqueceremos na estante.
São sorrisos e olhares, gargalhadas e lágrimas que transformam a nossa face.
E há quem ache que nunca mais seremos os mesmos depois de experimentar tão grande segredo: ser você no outro que é ele mesmo em você.

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