domingo, 4 de maio de 2014

Conversa comigo

Confesso: existe um tanto grande de incompreensões em relação á vida, de minha parte.
Na maioria das vezes, respondo a mim mesma: "calma, que em breve vai entender..."
Nem sempre o entendimento vem.
Ou mesmo tenho a capacidade de alcançá-lo.
A leitura, pode ser difícil e conseguir entender os desvios, atalhos e percalços torna-se tarefa árdua.
Mas continuo dizendo a mim mesma: " calma, mais tarde as coisas se ajeitam..."
Mesmo sabendo que nem tudo vai se ajeitar, porque infelizmente, nem tudo tem mesmo jeito.
Então, procuro, na imaginação, um sentido hipotético que me satisfaça.
Respondo para mim mesma as dúvidas que tenho e as perguntas que eu mesma formulo.
Faço várias conjecturas e especulo os motivos de falhas e acertos...
Algumas vezes, as explicações forjadas me acalentam e consigo, resignada, aceitar um plano que não deu certo, um encontro desencontrado ou o trabalho perdido.
Noutras, como hoje,  refaço mil vezes a mesma pergunta e por mais que a criatividade seja imensa na hipótese de respostas, chego a lugar nenhum.
Ainda não sei porque algumas pessoas passam pela vida da gente, trazendo um turbilhão de sentimentos, que nem sempre são bons... 
Não entendo o motivo de mentiras e hipocrisia, se é tão mais fácil dizer a verdade.
Não sei por que a carga é tão pesada para uns e tão leve para outros. Merecimento? Castigo?
Será que é para que tenhamos autocontrole? 
Será para descobrirmos que não somos assim tão bons quanto pensávamos? 
Por que esta ideia de injustiça me persegue o pensamento e procura, a todo custo, uma forma de pagamento da falta?
Por que tanta luta  de alguns por nada? 
Para quê tanto empenho por tão pouco?
Hoje estou assim, nesta conversa íntima comigo mesma, esmiuçando todos os contextos.
Se não encontrar as respostas, ao menos coloquei a conversa em dia e me conforto: "calma, no fim, tudo dá certo..."


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