sábado, 17 de maio de 2014

Alforria

Eu me dou o direito de ficar na cama mais tempo, curtindo preguiça, quando posso.
Também me permito momentos de total desconexão com o mundo.
Deixo para amanhã o que não tenho vontade de fazer hoje.
Faço agora o que não quero esperar para fazer amanhã.
Peço desculpas, sem vergonha, quando percebo a falta que cometi.
Não tenho problemas em me arrepender.
Mas também não vejo motivo de me desculpar quando sei que a culpa não me pertence.
Acho que posso sim ficar chateada com algumas pessoas e esperar meu coração me dizer quando devo voltar ás boas... Ele sempre volta.
Não aceito o convite se o humor não tiver legal.
Recuso com delicadeza quando percebo que não seria boa companhia.
Acredito que ninguém seja obrigado a encarar caretas de descontentamento por obrigação...
Eu me deixo chorar por raiva, por alegria, por tristeza, por nada.
Tudo que pede liberdade pra fluir eu deixo voar: a voz, o abraço, o beijo, a palavra, a emoção.
Eu me permito gritar na raiva, vez ou outra, porque acredito que extravasar é necessário.
Aceito minhas dúvidas, mudanças de ideia, de planos, de rotas, de alternativas...
Nada é definitivo nesta vida.
Procuro ser o mais realista possível: viver de sonhos causa muita dor!
Mas um pouquinho de esperança adocica os dias!
Fica amargo não ter expectativas pro que virá.
Eu me permito ser chata, mal humorada e emburrada, vez ou outra.
Quem não tem dias ruins?
Eu deixo a vida ir seguindo, levando devagar...
Sem pressa de resultados, mas com fome de respostas... Vai entender?
Mas não adianta cobrar.
Se a gente não se liberta de algumas cobranças, quem poderá nos livrar?



Nenhum comentário:

Postar um comentário