terça-feira, 16 de abril de 2013

Minha voz


Hoje, dia internacional da Voz, por ironia do destino, fiquei sem a minha.
Experiência triste, digo de passagem.
Sempre valorizei muito minha voz, embora nem sempre a poupasse ou a usasse de forma correta...
Sempre gostei de cantar, e por isso, nunca fui de falar alto, elevar desnecessariamente o tom, pois sabia que o desregramento poderia levar á falta.
O motivo da ausência dela hoje foi a soma de uma infecção viral com processos alérgicos e digestivos: ou seja, ela pagou o preço dos problemas de outras áreas...Fato muito comum neste mundo.
A real chateação do dia foi causada por outros fatores, entretanto. 
Cito a seguir:
1- Falar e não ser compreendida é muito triste! Repetir a mesma resposta várias vezes e perceber a cara de " o quê?" das pessoas é desgastante...
2- Ouvir a própria voz esganiçada e irreconhecível também não é legal... Doem os ouvidos, viu?
3- Querer cantar aquela música adorável que passa no rádio do carro e não poder nem abrir a boca, porque a voz não existe é de chorar!
4- Ter que falar "ao pé do ouvido" na real função da frase é chato. Principalmente quando a aproximação é com um desconhecido, com um cheirinho assim não muito agradável...
5- O olhar de piedade alheia é desconcertante! Como se a consternação pudesse me devolver a coitada! Quem dera fosse assim!
Preciso muito desse instrumento único para o trabalho e para o lazer.
Hoje fui um tanto mais tristonha pela falta desta companheira. 
Resta compreender agora a mensagem subliminar da abrupta ausência: ainda preciso aprender a me calar- e esse aprendizado surge assim, na obrigação- ou existe algo entalado na garganta impedindo que a voz se liberte?
Motivos da alma que o corpo pressente.

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