segunda-feira, 29 de abril de 2013

Como hoje

Entendo fácil. 
Ainda bem.
Garota esperta, quase sempre.
Reconheço, que algumas vezes, emburreço.
Então, por mais que a vida esfregue em minha face tudo bem explicadinho, 
tenho dificuldades em entender.
Acontece poucas vezes, mas quando ocorre, 
equivale a todas as outras vezes que compreendi rapidamente.
Não é bom...
A ignorância emburrece: não saber ou fingir que não sabe, faz com que um muro de concreto seja erguido diante dos olhos.
A arrogância emburrece: esperar muito do pouco ou pouco do muito é burrice clássica!
Ilusão emburrece: acreditar numa verdade que só existe na cabeça de quem a criou é pura fraude!
Descaso emburrece: não parece,  mas ser indiferente, torna tudo mais difícil.
Amor emburrece: o feio parece bonito, o escuro fica claro, a mentira vira verdade e a verdade, nem existe.
Informação em excesso emburrece: falta concentração, entendimento, conexão.
Muita memória emburrece: falta espaço para a novidade e as lembranças ficam pela eternidade...
Vez ou outra caio na armadilha.
E odeio.
Para bom entendedor, nem precisa meia palavra. 
A falha ortográfica ou a concordância errada já falam por si. 
Pingo é letra? Não, é frase. Diz muito. Parágrafo inteiro até.
Na verdade, para bom entendedor , a comunicação se faz até pela ausência de palavras.
A falta de sinais é esclarecedora.
O silêncio é revelador.
Mas entendo fácil. 
Compreendo rapidinho.
Quando necessário, abro a cabeça á força, e coloco lá dentro tudo que ainda não consegui aprender.
Como hoje.

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