sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Decisões de hoje

Sempre sofri para tomar decisões importantes.
Na verdade, sofria até para tomar decisões não importantes.
Escolher a cor do tênis, o sabor do picolé e o enfeite de cabelo eram tarefas árduas, quanto maior fosse o número de opções.
O tempo passou e ainda dói um pouco fazer algumas delas, mas reconheço que a terapia fez efeito e que, agora, tenho desempenhado essa função com mais êxito.
Toda escolha significa deixar uma outra opção de lado. 
Toda decisão implica abraçar uma oportunidade ou deixar que ela siga sozinha.
Não decidir é ter a falsa segurança de que as possibilidades estão guardadas, 
esperando para serem usadas, estão bem juntinhas do bolso, como o troco da padaria...
Mas é ilusão pensar que não existe tempo certo para se fazer escolhas.
Elas duram o quanto podem suportar. Depois de algum tempo elas se dissipam.
Dói preterir alguém ou alguma coisa, não levar consigo uma presença ou um projeto.
Mas acredito que ter uma postura é imprescindível: o muro não é o lugar ideal de morar!
Há sempre um lado para a balança pender, um sim ou não pra se dizer, um tchau pra acenar, um sim pra concorrer.
È importante definir o que se quer. 
Desamarrar os nós faz um bem danado pra gente!
E ás vezes, nossa decisão desamarra a vida do outro também...
Hoje foi um dia de decisões difíceis. 
E sei que somada á dificuldade, que me é peculiar, ainda tive influências hormonais nefastas. 
Manifestações incontroláveis da natureza humana feminina!
Reconheço que estou um pouco mais leve, pois acredito que escolhi o que me faz mais tranquila no momento.
Mas ainda sobra um espaço vazio grande, do tamanho da decepção de abrir mão de um projeto, de um sonho.
Dinheiro vem e vai. Até não me importo com o que não conseguirei reaver. 
O que mais incomoda é a expectativa destruída e o planejamento perdido.
Acredito que ali adiante eu consiga ter mais certeza de que optei pelo lado certo (apesar de achar que certo e errado é apenas uma questão de ponto de vista...)
O que venho percebendo é que não só hoje, mas o ano tem sido, até o presente, de decisões importantes. 
E difíceis.
Ao menos, tenho tentado resolver sozinha meus dilemas, sem alugar orelha alheia, sem ocupar o telefone de ninguém. 
Confiando mais em mim mesma como conselheira nos tempos menos favoráveis...
Porém confesso que hoje quis o útero materno de volta: conforto há em ter quem  escolha o melhor por você... Pelo menos em algum momento da vida.



Nenhum comentário:

Postar um comentário