quinta-feira, 25 de março de 2010

Julgamento

O julgamento que acontece por esses dias e mobiliza toda a nação não é só a punição de um crime.
Estamos julgando, na verdade, os valores e princípios da família brasileira.
Não é o fato de um casal ser condenado por homicídio.
È o fato de um pai calar a vida de um filho.
Julga-se a estruturação ruída das famílias de hoje: pais separados, filhos concebidos sem planejamento, frutos do descuido e do descaso de uma relação que tinha tudo pra dar errado. Crianças divididas, sem referência de autoridade, com mães postiças e meio-irmãos.
Filhos do desamor e da falta de respeito que se vêem obrigados a encarar a partilha do fim de semana, a divisão injusta de casas e prêmios entre irmãos.
O que se julga hoje é até onde vai o amor paterno.
Até onde se estende a compaixão humana, o sentimento por aquele que é igual a você ou semelhante aos seus.
Como desejar a morte de alguém tão próximo? Como esconder o óbito de um filho pra proteger esposa e filho? Que tipo de predileção é esta? Que espécie de amor pode ser este?
Não se costuma assitir esse espetáculo entre os bichos. Os animais são mais sinceros.
A preservação da espécie é sentimento mais nobre pra eles e faz com que os seus descendentes sobrevivam e carreguem o legado.
Infelizmente ainda não se descobriu o motivo torpe que levou a tal gesto impuro...
(Matar anjos é pecado de enorme peso).
Talvez, se ele for revelado em algum momento, haverá um mínimo de entendimento para um fato até agora sem compreensão:deve existir no mundo pais e mães sem alma e sem coração?

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