sábado, 13 de setembro de 2014

Na boa




Na boa: nem tô fazendo questão.
Nem de companhia, nem de notícias, nem de novidades, se a vida vai bem, se simplesmente não vai.
Não quero saber se os negócios prosperam, se os projetos deram certo, se deram com os burros n'água, se faltou água, coragem ou grana... faço questão alguma.
De coração: não é por vingança, mágoa ou chateação.
É por desinteresse mesmo.
A ignorância , ás vezes, faz bem.
Não saber protege do pior.
E assim mesmo, sem ressentimentos, não quero ouvir conversas, tampouco aceitar convites ou fazê-los.
Não me preocupo se há saúde, tédio ou saudade.
Se ganhou peso, se fez dieta, se a pessoa está mais ou menos esbelta.
Faço questão nenhuma.
Na boa: tem gente que faz parte de um passado.
Longínquo, distante, pisado.
Não faz sentido permanecer no presente.
Tampouco embotar o futuro.
Se há no mundo algo que faça sentido é o tempo:
afasta, apaga, leva para o esquecimento.
Tudo aquilo que não sobrevive ao tempo, não merece sobreviver.
De boa, ando tranquila com todas essas distâncias.
Descobri que quando não faz falta, não tem importância.
E não se exige de alguém aquilo que não se pode oferecer.
Cada um dá o que tem de sobra.
E tem gente nessa vida que só tem as sobras para viver.

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