Ando orgulhosa de mim.
Surpresa ao me enxergar enfrentando os medos mais antigos (com a dignidade e a coragem nunca antes imaginada), tirando de letras problemas de convívio no trabalho (mesmo com a indignação estrangulando a própria garganta e quase fazendo o mesmo na garganta alheia) e superando as decepções tão doloridas que agosto me trouxe (e como!).
Confesso que nem sei de onde surgiram as respostas para o que, de repente, se fez pronto.
Chorei, mas me libertei.
Dividi angústias e me senti mais leve.
Aprendi que carregar o fardo sozinha não é atitude das mais corajosas.
Às vezes, torna-se covardia o medo de compartilhar.
Não faz bem equilibrar o mundo nas costas.
Aceitei o incompreensível, até mesmo o inaceitável pra muitos.
Ainda descobrindo as consequências dessas respostas.
Detestando o efeito da ansiedade sobre meu sono.
Para quem se acha calma e tranquila, levar uma rasteira de si mesma é o golpe maior.
Quero voltar a dormir com a leveza que sempre me acompanhou.
Mas preciso saber onde piso pra depois descansar.
Tentando entender a demanda da vida pra mim, o que me custa o sono e uma expectativa gigante!
Tentando decifrar as incógnitas, que juro, estão longe de se fazerem ler!
Em agosto abracei a amizade, esqueci os traumas. Ou ao menos tentei.
Resisti, persisti e venci: sem recaídas, sem deslizes, por mais que o coração me envolvesse e tentasse convencer do contrário.
Não sucumbi ao pedidos mais íntimos.
Não voltei ao comportamento doentio de antes. Curei!
Ando orgulhosa de mim: Agosto me fez dançar.
Senti um bem estar indescritível que nem o cansaço da semana conseguiu derrubar.
O mês ainda não terminou e sei que os dias que virão, com certeza me trarão mais surpresas.
Mas continuo orgulhosa de mim, por que nunca fui tantas assim: indecisa, corajosa, descrente, firme, chorosa, alegre, pronta e inacabada.
Orgulhosa por ser assim, imperfeita.
Aceitar-se é o primeiro passo para ser uma pessoa melhor.
Feliz por estar no caminho.
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