Ainda meio perdida.
Um ano que mais pareceu um tufão.
Dos últimos acontecimentos restou a ressaca,
o peso perdido, o sono esquecido e um cansaço profundo.
Não me larga! Não me deixa!
Nem chega a ser reclamação.
È só desabafo.
Forma inofensiva de extravasar.
E a sensação de ano findo também consome.
Faz-se as contas de todos os meses que se foram
e começa a conta arrevesada para acabar.
Nem meu divã barato tem conseguido me acalmar.
Um turbilhão de pensamentos me povoa
E tenho seriamente pensado em divã de verdade...
Para reorganizar o raciocínio
e empilhar os papéis velhos ainda tão chacoalhados...
Eu sou assim mesmo: confusa, insatisfeita, insegura.
Soa meio estranho, mas preciso me perder para me encontrar,
me retalhar para me cerzir.
E todo fim, pede um recomeço.
Ou ao menos uma tentativa.
Por isso, já neste fim, ensaio meu recomeço.
Ainda meio perdida.
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