O mundo? Anda chato e absurdo.
Tento ver pelas frestas,
se é que me resta ainda algo pra olhar.
Pois se ligo a TV, entristeço.
As notícias me destroçam.
Mas mereço algo melhor!
Abro, então, a janela
e perco uns minutinhos,
só olhando os passarinhos
se equilibrando na fiação.
Minha atenção aumenta,
na gotinha que pinga,
vinda da chuva na janela.
E ela, deixa um vento frio entrar
e pelas frestas, me convida a descansar.
O mundo anda tão perigoso...
E nem me arrisco a descobrir o porquê.
Acho mais saudável enxergar outras metas.
De novo, observo pelas frestas.
E descubro uma nota nova,
uma música inédita,
uma outra voz que canta.
Se a coragem me alcança,
eu abro um livro e viajo.
Sem dinheiro, sem mala,
sem destino, sem medo.
Esqueço a hora e o tempo.
Penso de novo nas histórias todas,
algumas, assim nem tão boas,
mas que de fato me fazem sonhar.
Se o mundo me dá medo?
Um temor absurdo!
Ás vezes finjo ser surdo
pra não ouvir o que ele tem pra contar.
Daí, me escondo e me encontro nas frestas,
nas amizades que construí
e que me protegem de todo o mal.
Na devoção me valho,
na oração me calo,
no dia a dia me benzo.
Que os anjos me guardem dos portentos,
que o bem seja toda a cura.
Sigo nas frestas da bondade,
vendo em frações de tempo a vida que passa
diante dos nosso olhos incrédulos.
Mas o mundo continua chato e sisudo!
Só espero, confiante, que isso tudo mude
ou não demore muito a passar.
Para todos os assuntos que motivem conhecimento, reflexão, curiosidade e diversão. Escrever sem preocupações...
quinta-feira, 29 de junho de 2017
sábado, 24 de junho de 2017
Insone
- Seu Delegado, vim fazer uma queixa de desaparecimento...
Meu sono fugiu! Saiu de fininho, não disse onde ia, nem quando voltava...
Começou a escapulir de madrugada, me deixando sozinha em casa e depois, passou a não aparecer na hora marcada...
Começaria assim minha queixa-crime.
Acho de verdade um crime ter um sono fugidio.
Acho canalhice das bravas, falta total de escrúpulos!
Estou assim abandonada há umas 2 semanas...
Logo eu? A menina-dorme-sentada, a dorminhoca-mor da família, a pessoa mais sono em dia que eu conhecia. Logo eu. Conheci a insônia. Que desprazer!
Tô agora aqui, abandonada, largada, entristecida.
Sim, pois a pessoa que não dorme é triste.
Acho até que tristeza e insônia deveriam ser consideradas sinônimos. Fato.
E nessa vibe de não dormir, me transformei num ser humano pior...
É, minha gente... é no abandono do sono que se revela a personalidade escondida: mau-humor, irritabilidade, intolerância, perda de memória, troca absurda de nomes, pessoas e lugares e um sem fim de pensamentos que se embolam na cabeça.
Daí, passo a admitir que faço parte da parcela ansiosa da população, embora negasse veementemente o fato até então e fizesse parte dos que tinham o teste da revista considerado como ansiedade normal e não patológica. Tudo errado!
Então, que quem não dorme, também não tem pele boa, o apetite não regula e tem olheiras de panda.
Tem rolado, numa tentativa desesperada de resgaste do bendito, umas passifloras, uns chazinhos de cidreira, uns antialérgicos master-power que na teoria causariam um soninho bom, e até melatonina entrou na lista.
Mas hoje, por exemplo, ele (o sono), fugiu ás 3h da matina e nunca mais deu as caras.
Continuo alerta desde então, mesmo tendo forçado um cochilo vespertino que os pensamentos acelerados não permitiram se concretizar.
Pedi pro Dr da acupuntura: acerta o ponto do sono? Faz um vodu com ele, sabe? Pediu calma, que as agulhas levam um pouco mais de tempo pra surtirem efeito... Por enquanto, nada.
Já que pela medicina chinesa o fígado está "bloqueado" e cheio de sentimentos e emoções retidas, vamos de chá pro fígado. Tá valendo tudo pro sono voltar pros meus braços. Até um tal de chá de boldo-do-chile. Pensa num treco ruim? É ele. Se quiser chamar alguém de desagradável chama de boldo-do-chile que está bem representado e sem dar vexame. Confia.
Atividade ao ar livre? Fiz.
Evitar leitura e tv ao dormir? Também.
Praia e sol, entrar no mar? Cumpri á risca.
Se for pra voltar a dormir lindamente de novo, estou promovendo.
Quero muito voltar a ser pessoa de bem. Mas para isso, preciso dormir em berço esplêndido novamente, ao som do mar e á luz do céu profundo...
Logo, faz aí uma oração, um pedido especial, que careço de um refresco. Tá puxado!
Sigo zumbi-panda-mau-humorada, na expectativa do retorno.
Procura-se sono perdido. Quase pagando resgate.
Acho um crime estra acordada a esta hora.
Meu sono fugiu! Saiu de fininho, não disse onde ia, nem quando voltava...
Começou a escapulir de madrugada, me deixando sozinha em casa e depois, passou a não aparecer na hora marcada...
Começaria assim minha queixa-crime.
Acho de verdade um crime ter um sono fugidio.
Acho canalhice das bravas, falta total de escrúpulos!
Estou assim abandonada há umas 2 semanas...
Logo eu? A menina-dorme-sentada, a dorminhoca-mor da família, a pessoa mais sono em dia que eu conhecia. Logo eu. Conheci a insônia. Que desprazer!
Tô agora aqui, abandonada, largada, entristecida.
Sim, pois a pessoa que não dorme é triste.
Acho até que tristeza e insônia deveriam ser consideradas sinônimos. Fato.
E nessa vibe de não dormir, me transformei num ser humano pior...
É, minha gente... é no abandono do sono que se revela a personalidade escondida: mau-humor, irritabilidade, intolerância, perda de memória, troca absurda de nomes, pessoas e lugares e um sem fim de pensamentos que se embolam na cabeça.
Daí, passo a admitir que faço parte da parcela ansiosa da população, embora negasse veementemente o fato até então e fizesse parte dos que tinham o teste da revista considerado como ansiedade normal e não patológica. Tudo errado!
Então, que quem não dorme, também não tem pele boa, o apetite não regula e tem olheiras de panda.
Tem rolado, numa tentativa desesperada de resgaste do bendito, umas passifloras, uns chazinhos de cidreira, uns antialérgicos master-power que na teoria causariam um soninho bom, e até melatonina entrou na lista.
Mas hoje, por exemplo, ele (o sono), fugiu ás 3h da matina e nunca mais deu as caras.
Continuo alerta desde então, mesmo tendo forçado um cochilo vespertino que os pensamentos acelerados não permitiram se concretizar.
Pedi pro Dr da acupuntura: acerta o ponto do sono? Faz um vodu com ele, sabe? Pediu calma, que as agulhas levam um pouco mais de tempo pra surtirem efeito... Por enquanto, nada.
Já que pela medicina chinesa o fígado está "bloqueado" e cheio de sentimentos e emoções retidas, vamos de chá pro fígado. Tá valendo tudo pro sono voltar pros meus braços. Até um tal de chá de boldo-do-chile. Pensa num treco ruim? É ele. Se quiser chamar alguém de desagradável chama de boldo-do-chile que está bem representado e sem dar vexame. Confia.
Atividade ao ar livre? Fiz.
Evitar leitura e tv ao dormir? Também.
Praia e sol, entrar no mar? Cumpri á risca.
Se for pra voltar a dormir lindamente de novo, estou promovendo.
Quero muito voltar a ser pessoa de bem. Mas para isso, preciso dormir em berço esplêndido novamente, ao som do mar e á luz do céu profundo...
Logo, faz aí uma oração, um pedido especial, que careço de um refresco. Tá puxado!
Sigo zumbi-panda-mau-humorada, na expectativa do retorno.
Procura-se sono perdido. Quase pagando resgate.
Acho um crime estra acordada a esta hora.
quinta-feira, 22 de junho de 2017
Expectativas
E a gente acha que vai ficar tudo bem e que tudo, no final, dá certo.
Expectativa: é a definição disso.
Eu sei... É preciso pensar de forma otimista, fazer planos, ter projetos.
Assim se vive, certo?
Mas vale lembrar que são apenas expectativas.
Numa madrugada qualquer, uma viagem vira tragédia,
uma pretensa consulta vira acidente,
um fim de semana de folga e diversão se transforma em tristeza
ou um trajeto nunca mais se completa.
É triste assistir, Pior é viver.
Penso e me pergunto: o que valemos?
Não tem preço, não tem valor.
Somos pó e ao pó vamos voltar.
Expectativas?
Fazer o percurso da melhor forma possível: com menos dor e mais amor.
Tarefa fácil? Nem tanto.
Há dias em que pequenos percalços nos desviam do caminho.
Notícias como as de hoje fazem retomar a rota.
Ame, planeje, viva e construa.
Mas somos só expectativas de que tudo dá certo no final.
Só não sabemos quando é o fim.
Expectativa: é a definição disso.
Eu sei... É preciso pensar de forma otimista, fazer planos, ter projetos.
Assim se vive, certo?
Mas vale lembrar que são apenas expectativas.
Numa madrugada qualquer, uma viagem vira tragédia,
uma pretensa consulta vira acidente,
um fim de semana de folga e diversão se transforma em tristeza
ou um trajeto nunca mais se completa.
É triste assistir, Pior é viver.
Penso e me pergunto: o que valemos?
Não tem preço, não tem valor.
Somos pó e ao pó vamos voltar.
Expectativas?
Fazer o percurso da melhor forma possível: com menos dor e mais amor.
Tarefa fácil? Nem tanto.
Há dias em que pequenos percalços nos desviam do caminho.
Notícias como as de hoje fazem retomar a rota.
Ame, planeje, viva e construa.
Mas somos só expectativas de que tudo dá certo no final.
Só não sabemos quando é o fim.
domingo, 11 de junho de 2017
Sobre o amor e suas verdades.
Não está namorando? Tudo bem.
Vai passar o Dia dos Namorados desacompanhado? Ok. (Bate aqui!)
Mas isso não é motivo suficiente pra se sentir desamparado, certo?
Mais importante que o dia 12 de junho são todos os outros dias do ano, ocupados por todos os outros amores que a vida oferece.
E são tantos amores que recebemos na vida, que seria até injusto se sentir desmerecido...
Amor de amigo que oferece ombro, dá conselho, compartilha alegrias e principalmente os perrengues...
Amor sem fim de mãe e pai que dá colo e puxa orelha, morde e assopra com tanto carinho, que seria impossível viver sem.
Amor de irmãos, que enchem de felicidade qualquer programa mais ou menos e transformam a solidão em companhia e gargalhadas.
A comida preferida também é uma forma de amor!
Um bom filme e uma música linda também são formatos de amor!
O amor é atenção e apoio. E é sorte receber tudo isso o ano todo!
O amor se multiplica em tudo que é feito com carinho: trabalho e lazer, diversão e compromisso.
E o melhor de todos os amores que se cultiva na vida é o amor próprio!
Permitir-se bons programas, livrar-se de culpas, ser feliz com pequenos prazeres é se amar.
E só pode amar o outro quem se ama primeiro.
Concordo com o poeta que disse que "é impossível ser feliz sozinho." Somos sim parte de uma rede cheia de fios que se entrelaçam e dividem tarefas, funções e sentimentos. E desses sentimentos, para que haja êxito no que for começar, o amor ainda é fundamental.
Há quem já tenha encontrado a tampa pra sua panela. Há panela que nem tem tampa.
O amor não precisa obrigatoriamente de par. Precisa de decisão. Quando se escolhe pelo amor ele se multiplica nas relações e frutifica.
Feliz Dia do Amor pra quem sabe e pode amar!
Vai passar o Dia dos Namorados desacompanhado? Ok. (Bate aqui!)
Mas isso não é motivo suficiente pra se sentir desamparado, certo?
Mais importante que o dia 12 de junho são todos os outros dias do ano, ocupados por todos os outros amores que a vida oferece.
E são tantos amores que recebemos na vida, que seria até injusto se sentir desmerecido...
Amor de amigo que oferece ombro, dá conselho, compartilha alegrias e principalmente os perrengues...
Amor sem fim de mãe e pai que dá colo e puxa orelha, morde e assopra com tanto carinho, que seria impossível viver sem.
Amor de irmãos, que enchem de felicidade qualquer programa mais ou menos e transformam a solidão em companhia e gargalhadas.
A comida preferida também é uma forma de amor!
Um bom filme e uma música linda também são formatos de amor!
O amor é atenção e apoio. E é sorte receber tudo isso o ano todo!
O amor se multiplica em tudo que é feito com carinho: trabalho e lazer, diversão e compromisso.
E o melhor de todos os amores que se cultiva na vida é o amor próprio!
Permitir-se bons programas, livrar-se de culpas, ser feliz com pequenos prazeres é se amar.
E só pode amar o outro quem se ama primeiro.
Concordo com o poeta que disse que "é impossível ser feliz sozinho." Somos sim parte de uma rede cheia de fios que se entrelaçam e dividem tarefas, funções e sentimentos. E desses sentimentos, para que haja êxito no que for começar, o amor ainda é fundamental.
Há quem já tenha encontrado a tampa pra sua panela. Há panela que nem tem tampa.
O amor não precisa obrigatoriamente de par. Precisa de decisão. Quando se escolhe pelo amor ele se multiplica nas relações e frutifica.
Feliz Dia do Amor pra quem sabe e pode amar!
quinta-feira, 1 de junho de 2017
De ontem
Sim, fui lesada.
Descobri sem querer. Mesmo assim, continuava não querendo saber; Recusei a verdade.
Fiquei chateada, quis bater em um.
Mas depois, a sensação de impotência venceu e eu quis mesmo sumir do mundo digital.
Se no dia comum, no sol quente, a gente já está exposto ao risco, imagina então no anonimato da internet?
Você vira mais um número, mais um chip, mais uma conta, mais um contato, um cpf.
Se no tete-a-tete não rola vergonha, medo ou pudor, por trás da tela então, jamais haverá culpa.
E la´fui eu: fazer contestação de crédito, dizer que a conta não é minha, que não fui eu que fiz a transferência e que fui roubada.
O castigo pro crime? É meu.
Cartão bloqueado, tempo perdido, almoço postergado, senha trocada, confiança abalada, decepção em níveis altíssimos.
Vontade de voltar pra roça e comprar fiado.
Dava certo anotar no caderninho.
Sem juros, sem enganação. Era só honrar a dívida, que ninguém ia por zeros a mais ou a menos.
Falando de tempos remotos? Não. De dia desses aí que comprei sem dinheiro, anotei no nome da minha mãe e ficou tudo bem.
Se o aplicativo facilita a vida? Sim, muito. E facilita o roubo.
Fica difícil saber se abraço a tecnologia ou me escondo dela e volto aos meus ancestrais, em tempos mais remotos, de esconder dinheiro embaixo do colchão, visitar os amigos em casa, de não ter roubos digitais.
Descobri sem querer. Mesmo assim, continuava não querendo saber; Recusei a verdade.
Fiquei chateada, quis bater em um.
Mas depois, a sensação de impotência venceu e eu quis mesmo sumir do mundo digital.
Se no dia comum, no sol quente, a gente já está exposto ao risco, imagina então no anonimato da internet?
Você vira mais um número, mais um chip, mais uma conta, mais um contato, um cpf.
Se no tete-a-tete não rola vergonha, medo ou pudor, por trás da tela então, jamais haverá culpa.
E la´fui eu: fazer contestação de crédito, dizer que a conta não é minha, que não fui eu que fiz a transferência e que fui roubada.
O castigo pro crime? É meu.
Cartão bloqueado, tempo perdido, almoço postergado, senha trocada, confiança abalada, decepção em níveis altíssimos.
Vontade de voltar pra roça e comprar fiado.
Dava certo anotar no caderninho.
Sem juros, sem enganação. Era só honrar a dívida, que ninguém ia por zeros a mais ou a menos.
Falando de tempos remotos? Não. De dia desses aí que comprei sem dinheiro, anotei no nome da minha mãe e ficou tudo bem.
Se o aplicativo facilita a vida? Sim, muito. E facilita o roubo.
Fica difícil saber se abraço a tecnologia ou me escondo dela e volto aos meus ancestrais, em tempos mais remotos, de esconder dinheiro embaixo do colchão, visitar os amigos em casa, de não ter roubos digitais.
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