E é assim, de um gostar pequenino,
que se deseja alguém pra vida:
de compartilhar ideias, contar novidade,
dividir o tudo e o nada;
Um sonho, um plano, uma dúvida,
uma angústia, um desejo, um receio
ou a piada mais sem graça que há.
Pode ser também de um gostar assim, imenso,
generoso, que enche o peito.
Mas no fim, também é um compartilhamento,
uma forma mais ampla de gostar.
Pra mim, se é egoísta, não é amor, não é gostar.
Quem curte muito, divide, espalha, partilha.
Querer apenas pra si, é solidão.
Esconder-se do outro, ás vezes, é auto-flagelo
Depender de alguém pra existir é doença:
não há gostar que dure assim!
Gostar é querer estar perto,
é saborear a presença.
E a ausência é saudade boa, que antecipa o retorno.
É saber que se é feliz sozinho,
mas que se pode ser muito mais feliz agregando o que o outro tem de bom.
Alguém pra vida, é conta de mais, de menos, multiplicação e divisão.
É matemática pura, equilibrando razão e emoção.
Ainda tem quem, sozinho, queira guardar tudo pra si.
Esquecendo que dividir ainda é um bem maior!
E assim, muita gente segue sem apoio pra descansar no caminho,
sem uma palavra de conforto no sufoco da vida,
sem uma opinião sincera que mude o pensamento,
sem uma risada autêntica e sem motivo.
Num mundo de tanta comunicação,
há muita gente guardando tudo no bolso, no peito, na mente.
Há quem desista de querer alguém pra vida
por se achar auto-suficiente.
E é assim, de um gostar pequenino ou de um gostar generoso,
que se procura alguém pra vida.
Porque será tristonho e vazio nunca poder dividir.
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