Viver num barco em pleno oceano Pacífico, dividindo espaço com um tigre, após um naufrágio.
Após todas as perdas possíveis, ainda ter que se manter alerta pra não ser devorado;
alimentar o inimigo para se manter vivo; descobrir formas de encontrar esperança mesmo quando tudo parece estar perdido.
E perceber que Deus está perto, velando, conduzindo tudo, mesmo quando a situação parece não ter mais jeito. Quando a ruína está muito próxima e o fim, inevitável, descobrir que tudo foi planejado para que o êxito acontecesse, logo ali mais a frente.
Que o perigo pode ser proteção, que o desespero pode ser segurança, que a angústia pode ser a esperança.
Tudo foi um filme- lindo- diga-se de passagem- mas tenho tentado incluir essas observações nos meus dias desde então.
Tudo tem se apresentado meio cinzento e nublado.
Esperando a tempestade passar e o céu azul aparecer novamente.
Não tenho compreendido as situações, as provações.
Perdida entre minhas escolhas e as escolhas dos outros.
Precisando muito de uma luz para saber o que fazer e como agir.
Barco a deriva no meio do Pacífico.
E o próprio tigre acho que sou eu...
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