Para todos os assuntos que motivem conhecimento, reflexão, curiosidade e diversão. Escrever sem preocupações...
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Pequeno conselho
È muito chato ser chato.
Reclamar de tudo e com todos o tempo inteiro torna a convivência insuportável!
Está insatisfeito? Então mude!
Mude de casa, se o lugar não lhe agrada;
Mude de amigos, se acha que os que tem não são suficientes;
Mude de emprego, se o seu não lhe basta;
Mude de amor, se o que tem já não serve;
Mude de opinião se achar que deve;
Mude de hábitos, se for pra viver melhor;
Mude de médico, se o tratamento não estiver surtindo efeito;
Mude de circuito, se for pra ver gente diferente;
Só não continue transformando o ouvido alheio em confessionário,
nem transformando a vida do compadre tão reclamosa quanto a sua...
A reclamação pega. Doença contagiosa. Deixa o ar carregado, pesado...
Deixe de acreditar que a culpa da insatisfação é do outro.
Assuma suas incapacidades e tente modificar o caminho.
Assumir a culpa muitas vezes é consertar o defeito.
Pode ser que a situação não seja mesmo boa,
mas continuar reclamando sem agir também não resolve.
Esqueça os outros, foque em você mesmo.
Permita-se momentos de felicidade.
Ser alegre é uma dádiva.
Deixe o mau humor em casa, atrás da porta, quando sair.
E quando retornar, ponha-o pra fora antes mesmo de entrar em casa...
Aceitar nossas limitações é forma de viver melhor e mais feliz, mais satisfeito.
Insatisfação é o motivo de quem reclama.
Não há perfeição. Em nada, em tudo, em ninguém.
Não há motivo então para que tudo seja formidável.
Fingir não ver defeito também é virtude.
Reclamar de vez em quando é reinvindicação.
Viver reclamando é chatice.
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Amei
Amei.
Tranquila e gentilmente.
Sem pressa, com pouco receio.
Mas foi um amor comedido, dosado, milimetrado.
Compactado por contingências,
restrito pelas diferenças,
pequeno pelo pouco espaço que ocupava.
Mas amei.
Não foi de perdição, nem de traição.
Foi simples e pronto.
Mas de contagotas, reservado, enclausurado,
preso não sei a quê.
Foi de carinho, de gentilezas.
Não sei se encheu a alma.
Talvez ainda sobrasse espaço...
Amei com respaldo, com cuidado,
para não me machucar e nem machucar alguém.
Acredito que tenha sido assim.
Mas foi moldado, encapado e enfaixado, incolor e inodoro.
Assim amei.
Sim, há formas e formas de amores.
Que se manifestam quando menos se espera,
que aparecem quando mais nada pode surgir,
que permanecem assim: sem ousadias, sem grandes surpresas,
existindo por existir, pequeno, porém inteiro.
Não me arrrependo do sentimento.
Todas as emoções são necessárias.
Aguardo agora nova forma, novo jeito, novo brilho.
Sem embotamento, sem freios, sem repreensão.
Aguardo uma tempestade, um eclipse, um furacão.
Desejo agora novas emoções necessárias.
Mais inteiras, mais repletas.
De mim, de outros.
Sentimento mais vivo, que me tome por inteiro.
Que me faça esquecer a lógica, a razão, o tempo e o espaço.
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Minha semana
O primeiro dia da semana é a segunda-feira.
Essa história de o primeiro dia da semana ser domingo não procede!
O domingo é preguiçoso, moroso, lento... Não combina.
Se for domingo de sol é dia de aproveitar!
Almoçar fora, passear, ir á praia...
Começo de semana com cara de férias não estimula o trabalho.
Pelo contrário, dá mais vontade de folga!
Se for domingo de chuva é sinal de pipoca, filme, edredom.
Preguiça, lanchinho quente no meio da tarde.
Convite ao ócio, com certeza!
Como querer que a semana seja produtiva assim?
A semana deveria começar na terça-feira.
A segunda seria o dia preparatório do começo da semana,
até porque o domingo não nos permite estado de espírito suficiente
para encarar uma segunda-feira pesada e cheia de compromissos.
A terça, sim, poderia ser assim.
Depois de nos prepararmos psicologicamente para o trabalho árduo na segunda,
poderíamos enfrentar a labuta na terça dignamente.
A quarta-feira seria início de semana ainda e a quinta, pré- fim de semana, como sempre foi.
Já a sexta-feira poderia funcionar até a metade do dia.
A outra metade seria preparatório para o fim de semana.
Afinal, sair do trabalho extenuante e ir direto para a folga não é assim muito agradável...
A sexta poderia funcionar ritmo "operação tartaruga".
Aí sim, poderíamos desfrutar confortavelmente o fim de semana.
E essa história de trabalhar no sábado e no domingo já caiu de moda.
Preciso espalhar por aí que não é fashion, está ultrapassado.
Seria muito bom desfrutar dessa semaninha imaginária que criei...
E sem o comprometimento do meu pobre domingo então... Seria um sonho!
Essa história de o primeiro dia da semana ser domingo não procede!
O domingo é preguiçoso, moroso, lento... Não combina.
Se for domingo de sol é dia de aproveitar!
Almoçar fora, passear, ir á praia...
Começo de semana com cara de férias não estimula o trabalho.
Pelo contrário, dá mais vontade de folga!
Se for domingo de chuva é sinal de pipoca, filme, edredom.
Preguiça, lanchinho quente no meio da tarde.
Convite ao ócio, com certeza!
Como querer que a semana seja produtiva assim?
A semana deveria começar na terça-feira.
A segunda seria o dia preparatório do começo da semana,
até porque o domingo não nos permite estado de espírito suficiente
para encarar uma segunda-feira pesada e cheia de compromissos.
A terça, sim, poderia ser assim.
Depois de nos prepararmos psicologicamente para o trabalho árduo na segunda,
poderíamos enfrentar a labuta na terça dignamente.
A quarta-feira seria início de semana ainda e a quinta, pré- fim de semana, como sempre foi.
Já a sexta-feira poderia funcionar até a metade do dia.
A outra metade seria preparatório para o fim de semana.
Afinal, sair do trabalho extenuante e ir direto para a folga não é assim muito agradável...
A sexta poderia funcionar ritmo "operação tartaruga".
Aí sim, poderíamos desfrutar confortavelmente o fim de semana.
E essa história de trabalhar no sábado e no domingo já caiu de moda.
Preciso espalhar por aí que não é fashion, está ultrapassado.
Seria muito bom desfrutar dessa semaninha imaginária que criei...
E sem o comprometimento do meu pobre domingo então... Seria um sonho!
sábado, 20 de agosto de 2011
Em paz
Estou em paz comigo. Não vou me cobrar pelo que deixei de fazer ou pelo que errei ao fazer. Não vou me punir, nem me julgar. Não quero ser meu próprio algoz. Não quero apanhar por viver. Ajo, muitas vezes, por impulso. Sei que nem sempre é bom. Mas acredito que seria pior, no ímpeto do momento, frear meus impulsos. Morreria engasgada. Por isso, cobro atitudes; exijo ações; quero decisões. Mesmo que seja para dizer que não se tem as respostas. Mas quero a franqueza de se admitir a falta delas. Em paz por ser inteira, por não usar máscaras, não ter disfarces nem sombras. Por fazer minhas escolhas na luz, por responder pelas consequências de cada uma, sem dor. Quero honestidade sempre: comigo, com as outras pessoas, com o mundo. Ser omisso é ser desleal; e deslealdade consome minha paz. Estou em paz comigo porque optei por fugir das mentiras. Porque acredito que o resultado dessa escolha me transforma. Fico melhor assim. Estou em paz comigo. Faço o que gosto, o que quero. Sem amarras, sem chantagens, sem perigo. Escolho minhas companhias ou até mesmo a minha solidão. E é muito bom poder estar acompanhado ou só quando se pode definir isto... Em paz comigo e com minha fé. Muitas vezes enfraquecida e fugidia, mas ciente da existência e da necessidade de reforço constante. Tranquila por realizar meus projetos de mansinho, sem pressa, mas com cuidado. Ajeitando a vida ao meu gosto, com quem eu quero por perto. Em paz por saber que busco acertar sempre, memo sabendo que o sempre não existe, e não sofrendo quando o erro se pronuncia. Estou em paz comigo e em breve a tranquilidade se fortalece pela alegria. Sensação de engrandecimento com a coroação de algo bom que está por vir. È apenas questão de tempo.
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Preciso
Preciso reaprender olhar para o lado.
Ver rostos nunca vistos, expressões revisitadas,
preciso de tempo para tudo, de tempo para nada.
Preciso mesmo é apaixonar-me.
Por mim mesma, pelo outro.
Pelo convite, pelo silêncio,
pela solidão nada triste.
Pela multidão, pelo esquecimento.
(A falta de memória é bênção!)
Preciso de usar roupa nova,
vestir-me do novo,
encontrar boa razão para os sorrisos
e sorrir, na maioria das vezes, sem razão.
Preciso encontrar bons motivos pra ser livre
e voar sem destino, sem limites,
simplesmente pelo prazer de ser assim.
Preciso encontrar companhia,
sem ser dependente dela.
Preciso ser feliz comigo,
sem que seja algo ruim ou egoísta.
Preciso de concluir obras e projetos.
Preciso do sono revigorante do finalzinho da manhã.
Preciso de água,
preciso de sol bem quente,
para tirar o mofo, para trocar de cor.
Preciso de banho morno para deixar o corpo pronto,
preciso de costas novas para aliviar o dorso.
Preciso de menos pensamento e mais ação.
Peciso esquecer o dia de ontem e não lembrar que tem amanhã.
Preciso de pausa, de recesso.
Preciso de pressa para acabar.
Preciso escrever muitas vezes, sem rumo,
sem pretensão de chegar em algum lugar.
Preciso de paz, de páginas, de livros, leitura.
Preciso de gargalhadas, música, dança, pintura.
Preciso sair de mim e buscar outra versão.
Preciso de mais horas, mais dias, mais folgas.
Preciso de uma infinidade de dias. Só para mim.
Preciso da falta de ar da surpresa,
daquela sensação de frio na barriga por notícia boa.
Preciso de uma inusitada sentença.
Preciso não ser julgada.
Preciso de acreditar no indrédulo,
esquecer um pouco o raciocínio lógico.
Acreditar nas pessoas desacreditando,
duvidar, dando um pouquinho de crédito.
Preciso de uma viagem para longe,
alguns dias fora do ar, para ter vontade de voltar,
de ficar, de permanecer.
Mulher independente
A gente depende de alguém para deixar a casa limpa,
a roupa passada, que fique com as crianças enquanto se trabalha;
Depende da creche, da escola, do transporte escolar para garantir que tudo fique enformado,
sem possibilidade de erro.
Depende do almoço pronto quando chegar em casa,
da roupa limpa, de alguém com muque para abrir o pote entravado,
de alguém com tempo para trocar a lâmpada, consertar o computador,
pôr a internet de volta á ação, levar o carro pra revisão, trocar o pneu ou o óleo...
A gente depende da previsão do tempo para definir o que vestir,
dos hormônios para saber como fica o humor, daquela saidinha quase fuga para ver gente e colocar um pouquinho de bossa na vida.
A gente depende de colo de mãe, de companhia de irmãos, de abraço de pai, de encontro com amigos para ganhar forças e concluir a semana.
Depende da boa vontade do colega de trabalho, quebrando um galho de vez ou outra,
de um chefe gente fina, para conseguir sair mais cedo.
Depende de um feriado para ter folga, depende do salário para ter tranquilidade, depende do outro para ter amor.
Onde está mesmo a mulher independente? Diga aí!
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
A mentira
A mentira não tem pernas curtas.
Ela não tem pernas, nem braços.
Ela não anda; ela pula.
Salta de pessoa em pessoa e, assim, vai adiante.
Percorre longas distâncias de corpo em corpo,
deslocando-se sem deslocar-se.
A mentira é uma pulga.
Que incomoda, coça e provoca
reações esquisitas que tentam ser reprimidas.
Todos tentam disfarçar a presença da pulga.
Ninguém quer ser flagrado.
Ela mora atrás da orelha,
próximo do pensamento,
escondida entre os cabelos, longe da visão alheia.
A mentira é uma pulga que suga alguém,
até que decide trocar de vítima,
e segue sugando também.
A mentira não se cansa.
Pensa que pode enganar mais além,
como a pulga que sem pernas nem braços,
envolve num forte abraço,
as pernas e os braços de alguém.
Bicho minúsculo, quase invisível,
estrago grande, quase indizível.
Banho quente para se livrar dela!
Lave-se de sua pulga! Livre-se de sua mentira!
Não invente uma verdade,
não propague a falsa idéia adiante.
Seja sincero e elegante!
Seja limpo você também!
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