Eu vivo o hoje.
Amanhã, já não sei.
Nem do almoço, nem do jantar,
nem da roupa, nem da grana...
O que me interessa é agora.
Não planejo: vou vendo aonde chego.
Não prometo: explico que hoje é assim, e amanhã... já não sei.
Sinto apenas que hoje respiro
e que o ar me é suficiente.
Amanhã pode ser de bocejos,
depois de amanhã, de delírios...
Hoje amo, amanhã, posso gostar um pouco menos ou um pouco mais.
È constante a minha inconstância.
Assim como meu desejo de querer ser estável.
Insatisfeita para depois. O hoje me basta.
Pensamento pequeno e egoísta.
Pobreza indescritível de futuro!
Mas sou assim: imperfeita, feita de urgências, repleta de manias.
E o hoje é uma delas.
Como um sorvete que derrete se deixar para depois,
como o dia que vira noite se a espera for grande,
e começa a ser outro dia... amanhã.
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