Feliz Natal!
Própero ano novo!
Que as felicitações de fim de ano não sejam mero protocolo.
Que o desejo de um ano bom venha mesmo do coração.
Que pensar no próximo, ter saúde, fazer o bem,
usar de educação, esquecer as mágoas, ter a honestidade como companhia,
dar mais valor á família e ás amizades não sejam apenas
promessas e frases perdidas em cartões ou e-mails de boas festas.
Que o verdadeiro sentido do Natal seja abrir a sua casa e o seu coração para Ele nascer.
Desta forma, não será mais preciso estrebaria ou manjedoura;
haverá lugar mais aconchegante e querido para o amor permanecer.
Acomode-o na sua vida.
Todo dia será Natal e o ano bom não será apenas o que vem.
Aproveite a oportunidade e viva o momento de luz!
Que seu Natal seja pleno de felicidade na presença do menino Deus
que abençoa e santifica seus dias, meses e anos.
Boas festas a todos!
Cordialmente.
Para todos os assuntos que motivem conhecimento, reflexão, curiosidade e diversão. Escrever sem preocupações...
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
domingo, 19 de dezembro de 2010
Impaciente
Descobri que ando sem paciência.
E eu, que pensava a possuir em demasia...
Pois é. A gente se engana...
Impaciente para a "deseducação" alheia,
para os fenômenos climáticos
que nós mesmos produzimos e experimentamos,
para o cardápio do almoço,
para o cabelo no pescoço ( que faz um calor imenso!)
para a agenda de plantão,
para as lojas lotadas para as compras de fim de ano,
para as cobranças que não cabem a mim a resolução,
para a falta de crédito, de entendimento, de respeito e limites.
Ando impaciente com a imoralidade,
com a falta de princípios e de valores.
Ando impaciente comigo mesma,
porque sempre me faço os mesmos questionamentos
e ainda não descobri alguma resposta viável
para o que insisto em perguntar...
Impaciente com o ano que não termina
e com o outro ano que não chega...
Vi-me ansiosa batendo o pé ritmado,
como que a espera de algo que ainda não veio...
Esta impaciência não sou eu.
E eu, que pensava a possuir em demasia...
Pois é. A gente se engana...
Impaciente para a "deseducação" alheia,
para os fenômenos climáticos
que nós mesmos produzimos e experimentamos,
para o cardápio do almoço,
para o cabelo no pescoço ( que faz um calor imenso!)
para a agenda de plantão,
para as lojas lotadas para as compras de fim de ano,
para as cobranças que não cabem a mim a resolução,
para a falta de crédito, de entendimento, de respeito e limites.
Ando impaciente com a imoralidade,
com a falta de princípios e de valores.
Ando impaciente comigo mesma,
porque sempre me faço os mesmos questionamentos
e ainda não descobri alguma resposta viável
para o que insisto em perguntar...
Impaciente com o ano que não termina
e com o outro ano que não chega...
Vi-me ansiosa batendo o pé ritmado,
como que a espera de algo que ainda não veio...
Esta impaciência não sou eu.
Eu sou romântica
Eu sou romântica.
Apesar de muitos acharem o contrário.
Adoro flores e bombons, e continuo acreditando que seja uma ótima forma de agradar.
Uma boa música bem cantada em homenagem á alguém
é sempre bem vinda, desde que não incomode a vizinhança,
nem ofenda a escala musical...
Acho que beijos e abraços são formas das mais sinceras
de sentimento.
Mas creio que há lugar apropriado para tais demonstrações de afeto...
Até acredito no encontro de almas,
mas sei que essa busca é quase impossível!
Motivo: gente demais no mundo!
Acho lindo o destino empurrando o desfecho feliz
naqueles filmes água-com-açúcar que a gente assiste,
mas compreendo que a vida está mais para obra de Nelson Rodrigues que para cinema Hollywoodiano...
Penso que o "viveram felizes para sempre" é a forma ideal de esquecer o convívio diário massacrante que empobrece o romantismo...
È difícil aceitar que debaixo do vestido glamuroso de festa da princesa
tem uma anágua encardida e rasgada;
que o sapato de cristal aperta o pé e dá calo;
que a cintura fina e a sillhueta esbelta que deslumbra o príncipe
é a custa de um apertado espartilho fraturador de costelas...
Que o amado quando acorda não tem hálito de hortelã
e que as botas de caça vão encher a casa de lama
e deixar um cheiro não muito agradável nos pés...
Eu sou romântica, sim!
Porque acredito que a imagem congelada na memória mantém o frescor do momento,
que a trilha sonora ao fundo faz esquecer os gritos e a buzina que vem da rua,
que o Príncipe tem mãe e nem por ser ela uma rainha, vai deixar de ser sogra...
Sou romântica sim!
Porque penso que a estrutura da família continua sendo importante,
mas compreendo que as mudanças acontecem
e que nem todos estarão prontos para a adaptação...
Sou romântica porque prefiro rosas e babados,
mãos dadas, abraços apertados...
Mas também prefiro eu mesma empurrar o destino
e deixar que a fotografia se encarregue
de deixar a boa lembrança do momento...
Porque na vida ainda não existe espaço para " e foram felizes para sempre..."
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Previsões
Quem quer saber?
Eu só pretendo ter uma breve idéia.
Para preparar o espírito, sabe?
Só mesmo para conferir se é verdade, se acontece.
Só mesmo para criar expectativa,
ter frio na barriga, ser um puco induzida a ceder ou negar.
Descobrir uma parte apenas,
só para sair do escuro, vislumbrar o futuro
com um pouquinho mais de cor...
E assim, carregar nas tintas, pois o que se pinta
representa a verdade de quem deu a cor.
Até quem não quer saber, tem curiosidade.
Boba, assim, de não acreditar muito.
Mas que existe, só para saber que foi dito por alguém.
Se consigo ou não,
Se descubro ou não,
Se me será vetado outra vez a chance,
depois digo, registro aqui mesmo.
Mas será que alguém vai querer saber?
Eu só pretendo ter uma breve idéia.
Para preparar o espírito, sabe?
Só mesmo para conferir se é verdade, se acontece.
Só mesmo para criar expectativa,
ter frio na barriga, ser um puco induzida a ceder ou negar.
Descobrir uma parte apenas,
só para sair do escuro, vislumbrar o futuro
com um pouquinho mais de cor...
E assim, carregar nas tintas, pois o que se pinta
representa a verdade de quem deu a cor.
Até quem não quer saber, tem curiosidade.
Boba, assim, de não acreditar muito.
Mas que existe, só para saber que foi dito por alguém.
Se consigo ou não,
Se descubro ou não,
Se me será vetado outra vez a chance,
depois digo, registro aqui mesmo.
Mas será que alguém vai querer saber?
Vizinhança
Escolhe-se a casa, mas não a vizinhança.
Avalia-se o imóvel, a construção, o tempo de vida do prédio,
o acabamento, se há vazamentos, poeira, mofo, umidade, sol da tarde...
Mas, e os vizinhos?
Parte esquecida da investigação, porém não menos importante.
Eles farão parte de nossas vidas para o bem ou para o mal.
E não vale empregar o velho "os incomodados que se mudem",
porque ninguém - nem você nem eles- vão trocar de lugar.
Sobre a minha vizinhança, o que posso tecer, sem tornar comprometedor?
O fato de o cumprimento matinal ( e o vespertino, e o noturno... e por aí vai...),
ser totalmente dispensável.
È engraçado perceber que se é invisível na garagem, no elevador
ou então ouvir reverberando a própria voz na procura vã da resposta ao cumprimento
( o famoso "vácuo).
Tem gente que pensa que é celebridade; que a zeladora é empregada particular
e que o restante do prédio é colunista de revista de fofoca...
Há quem pense que é um clube: festa, som alto e conversa fiada até altas horas...
Tem quem passe e feche o portão na sua frente: são aqueles que deixam a educação em casa quando saem ...
Há os vizinhos que tornam públicas as brigas domésticas.
Não fazem questão alguma da privacidade, já que tudo é dito em bom som
para que todo o andar escute.
Tem ainda aquele que suja o chão com o chorume do lixo e deixa o rastro agradável que dura até o dia seguinte, quando a moça da limpeza passar...
Outro dia, o vizinho do corredor oposto tentou entrar em casa de madrugada,
maltratando a pobre da porta com chutes.
Se ele esqueceu a chave, o bom senso ele perdeu.
Pela chaminé seria mais fácil entrar que esmurrando a madeira...
Outro, passeia com o cão estranho ( não menos que o dono),
exalando odor peculiar pelo corredor e elevador...
Em dias de chuva então, fica muito difícil respirar naquele caixote cheirando a cachorro...
Ah, o elevador!
Objeto de extrema grandeza que nos faz lembrar que sempre estaremos acompanhados.
È a sala do silêncio e do mal-estar geral.
Segundos de descida e subida que mais parecem horas de escaladas...
È porque frente a frente, tudo fica mais aterrorizante.
Inclusive a vizinhança.
Avalia-se o imóvel, a construção, o tempo de vida do prédio,
o acabamento, se há vazamentos, poeira, mofo, umidade, sol da tarde...
Mas, e os vizinhos?
Parte esquecida da investigação, porém não menos importante.
Eles farão parte de nossas vidas para o bem ou para o mal.
E não vale empregar o velho "os incomodados que se mudem",
porque ninguém - nem você nem eles- vão trocar de lugar.
Sobre a minha vizinhança, o que posso tecer, sem tornar comprometedor?
O fato de o cumprimento matinal ( e o vespertino, e o noturno... e por aí vai...),
ser totalmente dispensável.
È engraçado perceber que se é invisível na garagem, no elevador
ou então ouvir reverberando a própria voz na procura vã da resposta ao cumprimento
( o famoso "vácuo).
Tem gente que pensa que é celebridade; que a zeladora é empregada particular
e que o restante do prédio é colunista de revista de fofoca...
Há quem pense que é um clube: festa, som alto e conversa fiada até altas horas...
Tem quem passe e feche o portão na sua frente: são aqueles que deixam a educação em casa quando saem ...
Há os vizinhos que tornam públicas as brigas domésticas.
Não fazem questão alguma da privacidade, já que tudo é dito em bom som
para que todo o andar escute.
Tem ainda aquele que suja o chão com o chorume do lixo e deixa o rastro agradável que dura até o dia seguinte, quando a moça da limpeza passar...
Outro dia, o vizinho do corredor oposto tentou entrar em casa de madrugada,
maltratando a pobre da porta com chutes.
Se ele esqueceu a chave, o bom senso ele perdeu.
Pela chaminé seria mais fácil entrar que esmurrando a madeira...
Outro, passeia com o cão estranho ( não menos que o dono),
exalando odor peculiar pelo corredor e elevador...
Em dias de chuva então, fica muito difícil respirar naquele caixote cheirando a cachorro...
Ah, o elevador!
Objeto de extrema grandeza que nos faz lembrar que sempre estaremos acompanhados.
È a sala do silêncio e do mal-estar geral.
Segundos de descida e subida que mais parecem horas de escaladas...
È porque frente a frente, tudo fica mais aterrorizante.
Inclusive a vizinhança.
domingo, 5 de dezembro de 2010
Apenas
Domingo diferente.
Refiz o caminho de casa.
Não sozinha; acompanhada.
Cheiro bom de casa,
almoço em família com direito a sobremesa,
picolé e preguiça de tarde.
Soneca esticada, abraço de despedida e energias repostas.
Faltou o Rimo e a missa para o dia ser completo...
Quem dera fosse tudo simples assim:
um almoço em família, um domingo comum,
com pessoas queridas.
Apenas.
Refiz o caminho de casa.
Não sozinha; acompanhada.
Cheiro bom de casa,
almoço em família com direito a sobremesa,
picolé e preguiça de tarde.
Soneca esticada, abraço de despedida e energias repostas.
Faltou o Rimo e a missa para o dia ser completo...
Quem dera fosse tudo simples assim:
um almoço em família, um domingo comum,
com pessoas queridas.
Apenas.
sábado, 4 de dezembro de 2010
Sábado
A garganta está seca.
O dia está intenso lá fora.
O sol convida á vida e ao mesmo tempo á sombra.
Espero as respostas que pedi, mas elas insistem em não chegar.
Penso que as pessoas aproveitam o dia intenso.
E eu, prefiro o convite á sombra, na tentativa de resolver as pendências...
Mais água para aliviar a secura da garganta.
Será que aguento mais tarde?
Pode ser que a garganta enstranhe, arranhe e falhe.
E hoje, não posso falhar...
Ensaio as falas, somo as notas, ensaio o tom, a letra...
Deixo pronto para mais tarde não acontecer imprevistos.
Onde estão minhas respostas?
Preciso fechar meu diário.
Preciso sair dessa sombra e ir lá no dia intenso do sol.
Preciso cantar com a alma,
porque a garganta não quer cumprir ordens hoje.
Preciso de testes...Mas posso tornar cansativo pelas repetições e comprometer o final.
Irritação sobre irritação.
O dia está intenso lá fora.
O sol convida á vida e ao mesmo tempo á sombra.
Espero as respostas que pedi, mas elas insistem em não chegar.
Penso que as pessoas aproveitam o dia intenso.
E eu, prefiro o convite á sombra, na tentativa de resolver as pendências...
Mais água para aliviar a secura da garganta.
Será que aguento mais tarde?
Pode ser que a garganta enstranhe, arranhe e falhe.
E hoje, não posso falhar...
Ensaio as falas, somo as notas, ensaio o tom, a letra...
Deixo pronto para mais tarde não acontecer imprevistos.
Onde estão minhas respostas?
Preciso fechar meu diário.
Preciso sair dessa sombra e ir lá no dia intenso do sol.
Preciso cantar com a alma,
porque a garganta não quer cumprir ordens hoje.
Preciso de testes...Mas posso tornar cansativo pelas repetições e comprometer o final.
Irritação sobre irritação.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
O trem
Ouve-se de longe o apito.
O barulho é estrondoso; não há como não saber que está próximo.
E é proposital: todos devem saber de sua chegada.
Há quem o espere ansioso; pela partida ou pela chegada.
Há quem apenas o aviste e observe o fluxo de gente que vai e que vem.
Imaginando a história que cada bagagem carrega...
Imaginar e sonhar a vida de alguém também é forma de viver...
Quem tem o intuito do embarque vive momentaneamente seu percurso.
O barulho não acompanha a viagem.
Ou pelo menos não se deixa perceber.
E pela janela a paisagem muda de cor, de ritmo, de velocidade.
E se o destino ainda está por vir, segue-se na expectativa.
Se ficou para trás vive-se a saudade; ou o alívio.
A esperança do encontro, a vontade do abraço.
A saudade de quem fica, a certeza do retorno.
A vida da gente também é assim: uma viagem de trem.
Encontros, reencontros, despedidas, chegadas e partidas,
idas e vindas, saudade, alívio, fuga, consolo...
Histórias que nos seguem como bagagem nas mãos,
impregnada nos ombros, como fuligem na pele.
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