Desde que o mundo é mundo, um Não é um Não.
É uma das primeiras palavras que a gente aprende... Deve ser de tanto ouvir.
Antes de aprender o Sim, aprendemos o Não: Não pode! Não pega! Não morde!
E a gente aprende Sim, o que é proibido, negado, bloqueado.
Se o Sim é dúvida, já temos o Não de antemão. Nem sempre então ele é frustração... nesse caso, ele já é certeza.
Nem sempre é tristeza: Não ir pode ser livramento, Não conseguir pode ser resiliência, Não ter pode ser aprendizado...
Mas é certo: Não é Não.
Um Talvez pode ser uma possibilidade de Sim, ou uma chance de Não... Mas o Não... ah, ele é sempre Não.
Se ensinam o Não com a voz, mas um sorriso de canto de boca diz que Sim, pode ser que o Não seja perdido, o ensinamento esquecido e a memória furtada.
Quem diz Não precisa ter semblante sério, negativo.
Sorrir com um Não é desapego de sentido.
Mas Não é sempre Não.
Quem responde com uma negativa, nem cogita a possibilidade de um Sim.
Quem tem dúvida do Sim, recusa precocemente um Não: pode ser uma chance perdida.
Não é Não!
Não faz o tipo? Não curtiu a pessoa? Não gosta do sabor? Não bebe? Não fuma? Um Não é um Não!
Sem insistência, sem cansaço, sem embaraço: é Não.
Quer adquirir o cartão da loja? Não. Quer o cartão X do Banco Y? Não. Quer "estar comprando" o produto tal? Não.
Sem repetir a pergunta, sem negar a recusa, sem querer obrigar o outro a um Sim.
Respeitar a resposta, respeitar a pessoa, o desejo do outro: Sim!
Pode haver uma justificativa, uma explicação, uma motivação de renúncia para cada Não.
E de fato há.
Mas se agente escuta Não desde que nasce por que se importar tanto com ele?
Incita a revolta. Só pode.
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