E eu nem sei o que pensar...
Fico atônita com a capacidade de julgamento e de acusação,
espantada com a ideia de que o outro estará sempre disponível pra resolver problemas alheios...
Que tudo pode ser resolvido a custo zero e com o mínimo de esforço próprio.
Mas ás custas de muito trabalho de outra pessoa.
Não sei como ás vezes consigo odiar alguém que nem conheço!!!
Como posso detestar uma buzina e a pessoa que a acionou sem necessidade,
ter pavor de gente que destila grosseria espontaneamente, sem sequer saber quem é,
criar aversão ao indivíduo após um comentário, uma atitude ridícula ou uma ação equivocada.
Não consigo imaginar como há gente que pense que se torna obrigatório estar pronto,
sempre e em qualquer situação.
Sem erros, sem falhas...
Não compreendo como o luto dura pra sempre,
como as pessoas não se encontram,
que as coisas não se encaixam,
que as ideias não vingam,
que os planos morram antes mesmo de nascer.
Nem entendo a mágoa desmedida, que vira nó na garganta,
caroço nas costas, insônia e fome.
E eu nem sei o que pensar.
Então, desisti da tarefa.
Liguei a TV, assisti sem preconceitos programas tolos.
Esqueci as conversas e as cobranças, as pessoas que se escondem e se iludem, as que não se resolvem e as que fingem se resolver.
Decidi que espero a noite chegar e o sono me levar com ele.
Sem preconceitos e sem a vergonha de assumir que não sei ás vezes como pensar, nem como agir.
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