quarta-feira, 23 de julho de 2014

Arrastão

E nos últimos dias o mundo ficou mais triste, menos poético e mais ignorante...
Não sei o motivo das perdas. 
Se o céu precisava de mais lirismo, de mais espontaneidade, de mais brilho...
Realmente, não sei.
Só sei que o povo aqui na terra ficou mais apagado.
Um breu só, sobrando ignorância e despreparo, 
excedendo em indelicadezas com a língua portuguesa.
Daí me questiono: com tanta maldade merecendo castigo, 
tanta gente má precisando de cartão vermelho, 
por que pessoas boas levadas assim, de arrastão?
Então, percebo que todos que se foram gozavam da serenidade da senilidade.
Tiveram o tempo necessário para espalhar muita mudança boa
pelos caminhos percorridos em tantos anos vividos.
Se somarmos as idades, mais de século de literatura e conhecimento.
Tiveram tempo para fazer valer todo o empenho de um vida inteira.
Resta então, para quem por aqui fica, a lembrança e o exemplo de tão nobres figuras:
João, Rubem e Suassuna.
O consolo de obras belas que poderão ser lidas e relidas.



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