E o dia termina assim:
um corpo cansado,
uma mente com sono,
uma dorzinha chata na cabeça
e a sensação de que se fez tudo que se pode.
Explorei do fim de semana o que consegui.
Abracei o dia de sol,
contemplei o mar,
dediquei-me aos meus,
dispensei tempo e preguiça
por curtir o nada de um momento pós almoço em família,
subi o monte e rezei,
mais agradecendo que pedindo.
Revi amigos, ri muito
e cantei alto e dancei.
Vi pessoas estranhas,
conversei com gente querida,
abracei quem me quer bem.
Respondi rápido,
outras vezes, nem sabia o que dizer.
Trabalhei, reclamei, divaguei,
pensei muito e ponderei,
fiz piada, pedi ajuda na cara dura, suportei.
Vi o tempo não passar,
passeei no tempo.
Consumiu-me o alimento,
vi o sol sair e pousar.
Senti o peso da vida,
o desânimo das horas,
tive vontade de ir embora,
parti.
E o dia termina assim:
prece por uma semana tranquila,
oração com pedidos secretos,
planejamentos para os dias que seguem,
desejos de um fevereiro breve,
soluções para problemas antigos,
amnésia cardíaca,
muito autocontrole,
cumprir o que me prometi,
não esticar conversa
com quem não interessa.
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