Sete de setembro não é um feriado qualquer.
Acredito que seja praticamente um retiro espiritual.
Um momento único de reflexão sobre o país em que vivemos,
como desejamos que ele seja e o que faremos para que a realidade se transforme.
Não há motivos de comemoração, porque não há independência para se festejar.
Não há liberdade raiando no horizonte do Brasil.
Vivemos numa ditadura que se disfarça de República.
Temos governantes que outorgam suas decisões e somos obrigados a aceitar, sem questionamentos, as mudanças que são impostas.
Moramos num país que se diz livre, mas que revida com violência as manifestações públicas.
Temos liberdade de expressão, mas toda vez que a expressão desagrada alguém, somos convidados a retirar, excluir ou modificar o motivo da insatisfação.
Podemos falar e fazer o que quisermos, desde quer não macule a imagem pura e santa do país, ilibada por tanta honestidade e perfeição.
País livre que faz com que a população viva presa em casa, atrás das grades, porque a violência das ruas é gigantesca e limita o direito de ir e vir com segurança.
País independente e democrata, que subsidia o Socialismo e compactua com o trabalho escravo.
Independência que condena seus filhos á ignorância por manter um sistema de educação fraco e de estatísticas maquiadas. Onde não existe reprovação nem evasão escolar, mas também não há aprendizado.
País que trata seu filhos como servos.
Nação de expectativas reduzidas para o povo, saúde doente, justiça injusta, grandes gastos com poucos e muita falta de recursos para uma multidão.
País de ginásios lindos e hospitais feios.
Escolas caindo aos pedaços, professores mal remunerados, policiais e bombeiros franciscanos (que vivem de caridade), jovens drogados, adolescentes marginais, população ignorante e votos de cabresto.
Cento e noventa e um anos se passaram e continuamos colônia, massa de domínio alheia, mão de obra barata explorada por uns poucos.
Brava gente que não é assim tão brava, que prefere não se indispor, mas que pouco a pouco vem percebendo que o "temor servil" não resolve os problemas.
Filhos da Pátria que não são tratados de forma gentil.
Hoje é dia de pensar em mudanças concretas a curto e longo prazos.
Dia de pensar que " a Pátria livre" deve ser mais honesta, que a corrupção deve ser banida e o povo mais bem tratado.
Que "morrer pelo Brasil" signifique dar á vida por uma causa nobre da nação e não perdê-la de forma torpe e vil, como se assiste todos os dias pelo país afora, na tv.
Que colocar a nação no eixo seja motivo de empenho.
Que tenhamos orgulho da nossa terra e do nosso povo e que a independência de fato se concretize.
Ergamos nossas espadas e iniciemos a revolução!
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