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domingo, 20 de novembro de 2011
A chuva
Amo a chuva. Gosto da forma como se apresenta. Ora mansa, fina e calma. Outras vezes devastadora, feroz, voraz. Gosto de como umedece a terra, cria vida. Admiro a forma como dissipa o calor, acalma os ânimos. Às vezes, nos prega sustos: estamos desprevenidos para recebê-la. Outras, provoca tragédias, verdadeiros desastres. Mas a vida também não é assim? Imprevisível? Adoro o cheiro de terra molhada e a sensação do vento úmido que antecipa as gotas, que muitos, muitos mesmo, não conseguem distinguir... Acredito na sua colaboração importantíssima na criação, no seu poder de lavar, limpar, alagar...
Lembro-me de quando brincava sob as gotas, fazia brincadeiras na lama e a chuva era motivo de festa! Lembro-me de outras vezes que espreitava da janela, observando curiosa os raios e relâmpagos que apareciam juntos... Nunca tive medo. Mas sempre olhei com admiração... È de uma beleza encantadora e ao mesmo tempo inconsequente!
Devastadora, porém produtiva. Necessária, porém imprevisível. Acho que me tranformo em gotas quando ela passa por mim e acabo me espraiando por aí... Ora mansa, ora tempestuosa, assim como a chuva.
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