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segunda-feira, 13 de junho de 2011
Aproveitando Santo Antônio
Pensei sobre os amores e cheguei á conclusão:
todas as formas que tomam,
sejam propositada ou inadvertidamente,
exitem porque assim são.
Por mais que se tente pôr saldo,
dizer que é certo ou errado,
tentar explicação para crer,
o que se sabe a respeito
é que amor não tem defeito,
por mais imperfeito que possa ser.
Amor vive de chama,
mas se é cinza, também faz calor.
O que vale é aquecer o peito,
fazer valer o direito
de quem toma ou dá o valor.
Há cinza que volta a ser chama
e fogo que se apaga com vento.
Por isso afirmo e repito:
amor é o que é que há de ser!
Quem assim pode saber?
Tem quem ame de longe;
Tem quem ame de perto;
Há quem ainda é descrente,
pensa que amar não dá certo!
Tem quem ame a liberdade;
Quem ame mesmo a solidão.
Quem ama não fica sozinho,
essa é grande questão!
Amor é sempre de dupla,
de par, de dois, de casal.
Precisa de paciência,
de regador com água, de sal.
È sabor inconfundível,
é tempero, é canela, é sol.
Vale amar diferente,
só não se pode viver só.
Amores são passarinhos
que precisam do vento para voar.
Sons provocados por ventos,
pronunciados pelo tempo,
São cantigas de ninar.
Amores são presentes,
são passado e futuro.
Há quem já tenha esquecido,
tenha ficado calado, mudo.
Amores são vozes velozes,
são dias de festas, chegadas e partidas.
São pedidos de permanência,
de clemência, de saída.
Amores são o que são.
È assim que devia ser.
E agora, vem a questão:
E o amor? Onde mora em você?
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