Entre protocolos e fluxogramas, lembrei disso aqui.
Leio os textos e não os reconheço como meus.
Como pode?
Não sei quem fui quando os escrevi.
Nem sei quem sou agora, depois de tanto tempo.
As histórias eu invento. E já inventei um monte delas.
Todos os dias.
Nem sei como consigo.
Mas está lá, na cabeça da criatura que me pede diariamente um monte delas, com temas específicos e desfechos inusitados.
Melhor inventar histórias que protocolos e fluxogramas.
Algoritmos desnecessários para os poucos anos.
Porque crescer leva embora a inocência.
E a vontade de inventar novas histórias.
Como os textos de agora, que não são mais meus.
São de alguém que viveu outras fábulas e se perdeu no caminho.
Ou se encontrou num outro poema, escrito por outro alguém.
João e Maria em busca da casa de doces.
Sou eu procurando as palavras.
Sou eu fazendo meus protocolos para em seguida, seguir outra rota.
Outras histórias.
Outros textos não mais meus.
O miolo de pão perdido no caminho da floresta.
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