Eu desisti.
De tentar,
de querer,
de acreditar,
de esperar,
de achar bom,
de achar ruim,
de achar mesmo,
ou de perder,
de buscar,
de sentir,
de reaver,
de anunciar,
de explicar,
de lutar,
de agir,
de brincar,
de zangar.
Agora, tanto faz, tanto fez.
Se der certo, beleza,
Se não der, paciência.
Não troco de time,
Não mudo de escolha,
Apenas sento e aguardo.
Cochilo no meio tempo,
olho o celular, me engano.
Sem choro nem vela,
Sem mágoa ou magia.
Não discuto, não reajo.
Não apoio, não esbravejo.
Não faço questão.
Respeito minha desistência.
Um tipo de resiliência? Talvez.
Desisti de entender
esta orgia, a sangria,
a mania insana
dos dias atuais.
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